Jorge Moreira
Este Blog destina-se a apresentar uma Reflexão pessoal sobre a Vida e a partilha dessa mesma Reflexão.
quarta-feira, janeiro 20, 2021
Jorge Moreira: A vida (o)culta das plantas | 05-12-20
terça-feira, novembro 15, 2016
Ecologia Espiritual
quarta-feira, setembro 03, 2014
Congresso Português de Filosofia
É o título do trabalho que irei apresentar no 1º Congresso Português de Filosofia, que terá lugar na próxima sexta-feira, dia 5 de setembro, no painel de manhã, sala 1.05 (piso 1), da FCSH Universidade Nova.
Mais Info: http://congressoportuguesdefilosofia.weebly.com/
terça-feira, julho 08, 2014
domingo, junho 22, 2014
sexta-feira, maio 30, 2014
sexta-feira, abril 25, 2014
Seminário Internacional
segunda-feira, dezembro 30, 2013
quinta-feira, março 31, 2011
IMPACTE AMBIENTAL DO CONSUMO DE CARNE
domingo, novembro 21, 2010
A Regeneração Humana
A Sabedoria Antiga indica a vivência da Fraternidade Universal, o incentivo ao estudo de forma comparada das diferentes áreas do conhecimento humano e a auto-observação, como as principais ferramentas para o homem alargar da sua concepção do universo e da sua própria realidade, adquirindo assim progressivamente, uma nova consciência desenvolvida na sabedoria e na bondade, uma evolução e um exemplo dessa mesma evolução para com os seus semelhantes, à qual, se transmutará numa regeneração humana. A possibilidade desta regeneração, mesmo que uma predestinação dela, é talvez a verdade mais inspiradora da Teosofia. Para que isso seja uma realidade, é necessário haver mudanças fundamentais no comportamento humano.
Mudanças fundamentais:
1. NA EDUCAÇÂO
Partindo da princípio de que a reencarnação é uma evidência, e não faltam estudos universitários credíveis sobre este facto, o ser humano encarna à nascença uma nova natureza. A colecção das memórias e personalidades psíquico-físicas das existências anteriores, não fazem parte da nova vida. Esta inocente pureza infantil, vai desaparecendo através da experimentação de novas sensações, emoções e pensamentos que irão progressivamente despertar reminiscências das qualidades positivas e negativas das personalidades anteriores. É aqui que os progenitores e educadores têm um papel extremamente importante, especialmente nos primeiros anos de vida, evitando situações que despertem essas reminiscências de cariz baixo, reparar imediatamente qualquer novo aspecto nefasto que possa aparecer e realçar as vertentes positivas que florescem no seu carácter. É que esta idade permite muito mais facilmente, corrigir as imperfeições e os vícios das existências passadas, devido à plasticidade da sua natureza. Assim, os pais e professores ajudam a moldar a futura personalidade, de uma forma muito mais sã e equilibrada, através da educação, que é a base para uma evolução mais rápida por parte do Ego encarnante.
A verdadeira educação tem como método, a orientação do ser para a descoberta dos valores perenes da vida, que surgem com a investigação livre de preconceitos e com auto-conhecimento adquirido através da auto-observação. Tem como objectivo proporcionar os melhores conhecimentos à criança, permitindo-a agir com lucidez e eficiência no mundo, e criar as condições necessárias ao seu desenvolvimento rumo à perfeição. Tudo isto significa fornecer-lhe o incentivo para florescer em bondade, a fim de que tenha uma correcta relação para com as coisas, para com as ideias e para com a vida em geral, e porque viver é relacionar-se também, não existe um bom relacionamento se não houver sensibilidade estética bem desenvolvida à beleza, à natureza e à arte, verdadeiros estímulos à cooperação inteligente para com o próximo e para com os outros seres em geral.
A educação não deve consistir apenas no acumular de conhecimentos, memorização e na leitura de livros. Deve essencialmente ensinar a aprender, a olhar, a compreender, a sentir o que os livros ensinam e a discernir se o que eles dizem é verdadeiro ou falso. Garantindo assim, uma verdadeira aprendizagem, no sentido de solucionar os verdadeiros problemas espirituais. Por isso, numa educação correcta, é imprescindível que o educador não ensine só as bases técnicas, mas transmita também, uma visão holística integrada da vida, pela observação e pela experimentação, incentivando à criatividade, à descoberta das vocações, à dissipação dos medos; afim de criar seres humanos mais sensíveis, inteligentes e equilibrados.
Deve proporcionar ao ser humano o desapego às fórmulas e repetição de falsos slogans, para que possa ser livre, desenvolver a sua inteligência de forma a não se transformar num autómato padronizado por um molde imposto de conduta social que em nada o elevaria como ser humano.
A natureza demonstra que o amor tem a capacidade de transformar o homem individualmente. Este, por sua vez, repercute-se por osmose na própria sociedade. Por isso, o acto de educar, deve ser um acto de amar. Esta união de amor entre o educador e o educando, é a base para proporcionar uma transformação profunda no seres humanos. É a base para a Regeneração Humana.
2. NA LIDERANÇA
Liderar é influenciar o rumo dos pensamentos e sentimentos dos outros. Ao analisar bem este facto, descobrimos que é algo que constantemente o fazemos. E porque todo o Universo é uma panóplia de interacções, assim também existe uma liderança recíproca em todas as coisas bem como em todos os seres. Por isso, nesta cadeia evolutiva, tudo o que é humano ou para além dele, tudo o que é animal, vegetal, mineral ou dévico, diz-lhe respeito, influencia-o de certo modo e é influenciado por ele. Ter consciência plena das nossas acções é algo que devemos fazer, visto agirmos permanentemente sobre a vida dos outros seres de modo claro ou subtil. Mas não nos podemos esquecer que também actuamos sobre a nossa própria vida. Ser um líder de si mesmo não é tarefa fácil, mas é algo inevitável. A sabedoria antiga diz-nos que antes de dar-mos o primeiro passo para uma verdadeira liderança sobre si e sobre os outros, é necessário mergulhar no silêncio interior e praticar o auto controlo mental, afim de obter uma unidade interior que o leve à verdade.
O Tão-te King, diz-nos: “sei por experiência, que pretender conquistar e manipular o mundo não dá certo. O mundo é uma coisa espiritual. Quem o manipula, destrói-o. Quem quiser segura-lo, perde-o … Por isso o sábio evita todo o excesso.”
O abuso do poder por parte dos políticos para benefício próprio, encontra-se nos valores exagerados do eu.
A Sabedoria Antiga ensina-nos o valor do serviço. E este caminho dificilmente poderá ser traçado, por quem não esteja preparado para renunciar aos seus interesses pessoais, conscientes ou inconscientes. Porque cada um de nós presta um serviço ao outro. Se cultivarmos o hábito de executar esse serviço deliberadamente, a nossa aspiração de servir tornar-se-á mais forte e contribuiremos assim, não apenas para a nossa felicidade, mas também para a felicidade do mundo como um todo.
3. NO RELACIONAMENTO
As novas teorias científicas anotam, que ao contrário do que o darwinismo pensa, não foi a competição, mas sim a ajuda mútua que possibilitou, desde o início da vida, a evolução das espécies.
As teorias de Gaia, da ressonância mórfica (formas de pensamento), da física quântica, bem como de outras áreas, como a biologia, ou a aplicação da arquitectura, etc. integram já uma visão holística da vida. A natureza como um todo, unida, formando ela própria um ser vivo, onde todos os fenómenos são dependentes e interligados. Como tal, o ser humano encontra-se dentro desta rede de vida. A consciência deste facto, implica uma transformação do relacionamento do homem para com todas as outras coisas, e desta forma para consigo próprio, originando um despertar irreversível, onde o amor humano é cada vez mais consciente pelas inúmeras formas de vida do universo. Este despertar, provoca uma evolução, que está para além do intelecto, derivada da experiência verdadeiramente espiritual relacionada com o viver e o sentir, onde cada ser descobrirá dentro de si, a presença da energia cósmica, a Centelha Divina que o Anima.
Como parte da regeneração humana que hoje vivemos e apesar de todas as perturbações, o homem actual tende a praticar parcialmente a fraternidade activa, combinando desde já, afecto generoso com respeito, amor com liberdade, solidariedade com independência e ética com desapego.
4. PERANTE OS PROBLEMAS
Não podemos continuara a ignorar a morte anualmente à fome de milhões de pessoas, na sua grande maioria crianças.
Não podemos continuar a ignorar o sofrimento de tantos outros doentes e subnutridos, quando o dinheiro que se gasta em armamento dava para resolver praticamente todos esses problemas.
Não podemos continuar a ignorar a destruição física e humana que essas armas bélicas provocam, quando uma parte da humanidade vive centrada em si e no seu luxo.
Ao estudarmos as principais civilizações do passado, verificamos uma ciclicidade processual análoga a todas elas, de génese, desenvolvimento, colapso e desintegração. A nossa não irá fugir à regra. O problema é que esta civilização é global, e como tal, pode trazer consequências desastrosas a nível planetário. A única maneira de solucionar o problema é tentar transcender os métodos redutores cartesianos, como fez a nova Física, ao adoptar enfoques intuitivos.
Todos os problemas actuais, como o cancro, o crime, a poluição, a pobreza, etc. são faces diferentes de uma só crise. Pois todas estas feridas estão interligadas e não podem ser entendidas por métodos fragmentários, como têm tentado solucionar as entidades ditas competentes, mas sim de uma visão una da realidade. Portanto, é preciso um novo paradigma para dar ao homem uma visão capaz de resolver todos estes problemas de uma forma integrada. A missão do homem actual está cumprida. Ele conseguiu desenvolver o mental concreto, o poder e a força. A regeneração humana que implica uma nova visão da percepção da vida, da mente, da consciência e da evolução espiritual é o próximo objectivo da humanidade. A futura civilização deverá ser mundial, democrática, socialmente justa e organizada; a partir da percepção da fraternidade, do Amor, da Sabedoria, da interdependência dos povos, das culturas e das outras formas de vida. Só assim se poderá solucionar a esmagadora maioria dos problemas pessoais e globais, e construir uma nova humanidade regenerada.
5. NA MENTE
A mente tem uma natureza dual. Uma parte é influenciada pelas sensações da matéria e do desejo, cujo seu funcionamento, está na percepção separada e limitada das diferentes formas existenciais e no seu relacionamento entre elas. A outra parte da mente, iluminada pela Intuição, conhece e vive a unidade para além das formas, onde a sua comunhão, dá-lhe acesso directo à verdade, e a sua fusão, faz dela a própria verdade. Por conseguinte, a única maneira de percepcionamos a realidade, é vivênciá-la ao seu mais alto nível. Para isso, é necessário meditar sobre o propósito da Vida. Nesta tarefa, o discernimento e o desapego, são as traves mestras para que o homem se deve apoiar, afim de libertar a mente das amarras da matéria e dos desejos de posses, de posições e de poder, que são a origem de toda a separatividade, do egoísmo e da indiferença perante os outros. O Yoga descreve a meditação como a via para o Samadhi, a completa ausência da dualidade. Nesta perspectiva, meditar no propósito da Vida, tem a capacidade de harmonizar a mente e proporcionar uma unificação da dualidade da mente, que permita a manifestação nela própria, da mais alta natureza espiritual, dando assim origem à Regeneração do Homem.
A mente torna-se completamente livre das influências que anteriormente a perturbavam, fica inalterável às flutuações externas das condições da matéria Física e Emocional, como o calor e o frio, o sucesso e o insucesso, o sofrimento e a alegria, etc. A consciência retira simplesmente a essência dessas experiências, que sabe ser efémeras, transmutando-as em sabedoria.
Esta nova natureza da mente é a tranquilidade, mas esta particularidade não significa menos percepção dos movimentos da matéria. Muito pelo contrário. A sua sensibilidade aumenta exponencialmente, onde cada fenómeno passa a ter uma intensidade tal, que o indivíduo tem a percepção plena desse fenómeno, funde-se com o próprio fenómeno, mas essa fusão não significa uma perda da consciência da sua individualidade como ser.
Também não nos podemos esquecer, que o pensamento é a maior das forças. Ele cria primeiro a imagem e depois provoca a sua realização nos planos concretos e emotivos. Por isso é necessário aproveitar, controlar e direccionar a energia que o pensamento emana.
Quando as emoções são harmoniosas, o altruísmo como exemplo e o progresso como meta; a Intuição liberta-se, os sentidos expandem-se, os Veículos são purificados, e passa assim, a existir uma Harmonia integral. A consciência humana viaja rumo à Sabedoria, a mente inferior funde-se com a superior e a Regeneração do Homem aparece.
CONCLUSÂO
Apesar dos enormes progressos da biologia actual, ela não é capaz de resolver as grandes questões como a origem das formas, dos instintos, da inteligência e dos processos espirituais.
O homem não é simplesmente um ser constituído por um corpo físico com cerca de 70Kg de proteínas. Os fenómenos da vida como o metabolismo, o crescimento, a matriz, a regeneração, etc. não podem ser explicados apenas pelos processos bioquímicos que actuam o homem. Um princípio Ordenador superior, não local, liberto das amarras da matéria mais densa, vai moldando a forma, para progressivamente manifestar-se melhor nela, adquirindo assim, novos aspectos que permitam a evolução. Tal como nos diz Radha Burnier: “Todo o movimento da vida avança no sentido da manifestação externa da perfeição latente ou potencial”.
Outro facto importante é a impossibilidade de dar completa expressão à verdade, através de conceitos e palavras. Alcançar a verdade é ter uma percepção profunda da natureza de um facto da vida, ou da vida como um todo. Esta realidade última, só pode ser alcançada através da Sabedoria. Mas esta Sabedoria não é ter uma quantidade imensa de conhecimento científico, técnico, filosófico, religioso, etc. Pois o homem pode ter todo esse conhecimento, sem que se altere o seu comportamento ou a sua relação para com os outros seres. Esse tipo de conhecimento não é Sabedoria. A Sabedoria alcança a verdade através da compreensão da unidade, para além do conhecimento fragmentado. Ela produz relações harmoniosas. Ela torna-nos conscientes, de que em todos e em cada um, existe a possibilidade de crescer até alcançar a bondade, a verdade e a iluminação.
Neste momento em que nos encontramos, a evolução física é de certa forma irrelevante, como mostra o estudo da evolução biológica humana. Ela diz-nos que temos a mesma estrutura e tamanho do cérebro e do corpo, desde à 50.000 anos. O que permite constatar, uma estagnação da evolução biológica. Nesta sequência, o aperfeiçoamento humano decorre mais especificamente noutros níveis que se encontram para além do físico: o nível social, o cultural, o erudito, o espiritual etc. Por isso, o homem deve virar-se para si mesmo através da auto-observação. Este método permite perceber que as causas dos seus problemas não estão fora dele, mas têm origem profunda na sua psique.
Os desafios para resolver o grande problema da vida espiritual, é renunciar ao egoísmo, abandonar a noção de que existimos como entidades separadas do resto e reconhecer a existência de algo indescritivelmente mais valioso que habita em nós e no interior de toda a existência. Perceber isto e trabalhar a mente para atingir estes objectivos com perseverança, rectidão e amor, homem alcançará o auto-controle necessário para que se transmute, dando origem à sua própria regeneração. Um novo Homem nasce com consciência holística, capaz de amar incondicionalmente todos os seres, aberto a toda a bondade, à verdade, à pureza, à humildade e à beleza. Um homem que irradia paz e sabedoria. Um Homem que trabalha à Glória do Logos,
Paz a todos os Seres
Jorge Moreira
BIBLIOGRAFIA:
“A prática da Sabedoria”, Radha Burnier
“A política divina de Gandhi”, Nelson Liano Jr.
“Human regeneration”, N. Sri Ram.
“A memória oculta da natureza”, Rupert Sheldrake.
“O pensar da nova era”, Fritjof Capra
“A voz do silêncio”, Carlos C. Aveline.
“A fraternidade universal”, Aveline.
“O educador de uma nova era”,Cláudio Duarte
“O mestre da libertação total”, Virgine van Prehn
“Tão-Te King”, Lao-Tsé
“O ponto de Mutação”, Fritjof Capra
“O mundo de amanhã”, Annie Besant
“O homem e a natureza”, Jorge Moreira
Trabalho realizado para o Seminário "A Regeneração Humana" apresentado em Lisboa, publicado no "Jornal Mundo dos Livros" Nº34, pag. 3, 4, 5 e 6 de 6 de abril de 2006
sábado, novembro 20, 2010
A verdadeira Educação ...\ The true Education ...
A educação que temos tido é uma educação para o deus economia... o consumismo! Uma nova religião materialista (parece um contra-senso) cujo deus é o mercado! Temos todos de o amar, respeitar e seguir…
A verdadeira Educação educa o homem a ser um livre-pensador, com carácter, eticamente correcto, que respeite a pluralidade de ideias dos outros e a natureza. Uma educação livre do peso da religiosidade cega e supersticiosa e do materialismo puro e egoísta. Só assim é possível vislumbrar um futuro mais luminoso. - Jorge Moreira
The education we have had is an education for the economy god ... the consumerism! A new materialist religion (seems a nonsense) whose god is the market! We all need to love, respect and follow it...
The true Education educates man to be a free thinker, with character, ethically correct and who respects the diversity of ideas of others and the nature. An education free from the weight of blind superstitious religiousness and from the pure selfish materialism. Only then is possible to glimmer a brighter future. - Jorge Moreira
Publicado no Blog:novopensamentolivre
terça-feira, novembro 16, 2010
Ambiente Uma Questão de Ética
terça-feira, novembro 09, 2010
Flores
sábado, novembro 06, 2010
Educação – o antes e o depois
Muitos de nós, senão a grande maioria, tivemos uma educação orientada para sermos os maiores. Quantas vezes nos disseram: «olha para aquele sujeito… tem uma grande mansão, uma “bomba” de um carro, uma mulher (homem) bonita (o) e possui uma enorme influência. Tens de ser como ele!» Ora o objectivo desta educação era destacar-se pela riqueza, pela posse de bens materiais e, quanto mais o sujeito possuía, mais admirado era. Sabe-se que para atingir esse patamar, muitos homens mergulhavam todas as suas vidas numa áurea egoísta. Competiam ferozmente, como selvagens, passavam por cima de todos, como vultos superiores e não olhavam a meios para atingir os seus fins. Não conheciam (viviam) a ética e exploravam os recursos humanos e ambientais até à exaustão. O seu objectivo tinha de ser alcançado a todo o custo. Loucos… como eram escravos de si próprios e tolos, todos aqueles que continuam agarrados a este ciclo vicioso, que repercute essas condutas, indiferentes à beleza das emoções compartilhadas, do brilho do sol que trespassa as folhas de uma Caducifólia em tons de Outono e da queda de água que alimenta todo o ecossistema de um vale milenar.
Toda essa educação levou à competição, ao apego, à guerra, à segregação, à injustiça, ao ódio, à inveja, ao medo, à raiva, ao orgulho… à ignorância. Isto não quer dizer, que esta educação não tivesse a sua importância em relação à evolução humana, num determinado percurso histórico e pessoal. No entanto, no actual momento e dado a consciência que temos sobre as acções que provocamos aos outros e ao ambiente, o paradigma terá obrigatoriamente de ser outro. Essa mudança deve ser pessoal para alcançar o global. Não se consegue mudar o mundo se cada um de nós continuar a contribuir para a catástrofe. Se queremos mais equidade, justiça e solidariedade e se queremos viver num ambiente mais sadio, harmonioso e belo temos de ser mais sinceros, fraternos, cooperativos e exigentes nas nossas acções. Não podemos esperar que o outro mude para fazermos alguma coisa. Sejamos um exemplo de ética e cidadania. O verdadeiro e novo reconhecimento não está num topo de gama ou numa roupa de marca. Está no exemplo que cada um dá de si aos outros e ao Planeta. Quando esta realidade tomar maior expressão, irão ouvir-se muitas vezes os comentários: «olha para aquele indivíduo… honesto, humilde, fraterno, sempre pronto a ajudar quem mais necessita, cuidadoso nas relações que tem com os outros e com ambiente… um sábio, um grande Homem».
terça-feira, novembro 02, 2010
Acerca da felicidade e da educação
É necessária uma mudança urgente de paradigma acerca das nossas acções e determinações. A verdadeira felicidade, aquela que é perene, não pode ser uma manifestação elevada e requintada do egoísmo, representada nas suas expressões mais doentias, como a valorização imponderada dos objectos materiais e a ânsia pelo poder e pelo ter. Estes aspectos são autênticos instrumentos do capitalismo consumista, sábio e mágico manipulador do desejo e da ilusão, com o intuito de criar um prazer efémero às pessoas, um gozo que é dependente e insaciável, tal como convém, tornando-as escravas desse ciclo vicioso que destrói a identidade de cada um de nós, dos outros seres vivos e do planeta, para o benefício de uma pequena elite, inebriada com a “graça divina”, criada à sua imagem, o venerável deus da economia de mercado, desregrado de qualquer princípio ético e humano.
A verdadeira felicidade está nas coisas simples, na relação do eu com os outros, do eu para com a natureza, do eu para comigo próprio.
A auto-observação dos nossos actos, pensamentos, desejos e emoções permite discernir o certo do errado, o verdadeiro do falso, o melhor do pior, o mais do menos importante relativamente a nós e ao planeta. Esta espécie de meditação constante sobre a vida é uma das vias para o progressivo desapego desta hipnose global, extasiada pelo incenso consumista, que produz todo o tipo de separatividade, guerras, fome e miséria.
A Educação será uma mais-valia no processo e na relação do Homem - homem, Homem - Natureza. Uma boa educação para a sustentabilidade dos recursos naturais e para a integridade de ser humano, como pessoa sensível, humilde, cooperante e ao mesmo tempo, forte, independente e líder de si próprio, poderá contribuir para um futuro com uma humanidade mais fraterna, justa, sábia e feliz e um Ambiente mais sadio. Até lá… o trabalho tem de ser feito pelos pioneiros, com o esforço reforçado de desaprenderem quase tudo, ou seja, destruir as ligações neuronais já fortemente atadas, para reconstruir novas ligações capazes de alterar o ADN do seu comportamento e maneira de ver e sentir o mundo.
quarta-feira, maio 19, 2010
SEMINÁRIO - O LUGAR DA BELEZA NA VIDA
Rua Passos Manuel, 20 Cave.
PROGRAMA
DIA 22 – SÁBADO
10h30 Recepção
13h00 Almoço
15h00 Abertura do Seminário
- Carlos Guerra
- Ana Maria Coelho de Sousa
15h30 Simpósio
- O Lugar da Beleza na Vida
Lício Correia
- O Lugar da Beleza na Literatura
Rosa Duarte
- A Beleza do Desprendimento – Viver e Morrer
Ana Maria Coelho de Sousa
16h30 Pausa
17h00 Grupos de Debate
18h30 Jantar
20h30 Serão Criativo
DIA 23 – DOMINGO
09h15 Meditação
(Entre as 9h10 e as 9h30 não será possível entrar na Sede da S.T.P.)
09h30 Simpósio
- A Beleza na Prática da Vida Teosófica
Isabel Nobre Santos
- O Lugar da Beleza na Vida
Júlio Teles
- A Beleza na Natureza
Maria João Figueira e Isolina Lages
10h30 Pausa
11h00 Grupos de Debate
12h00 Apresentação das reflexões feitas nos Grupos de Debate
13h00 Encerramento do Seminário
- Carlos Guerra
- Ana Maria Coelho de Sousa
quarta-feira, março 31, 2010
Ecologia Profunda de Arne Naess
Os sete princípios da ecologia profunda numa fase
inicial:
1. O eu relacional – os organismos são os nós de uma rede biosférica
de relações intrínsecas (a relação de A e B faz parte da definição
de A e B)
2. Igualdade biosférica (em princípio) – entre os vários elementos da
biosfera, em princípio porque a igualdade não se pode interpretar
literalmente uma vez que na prática são sempre necessárias
algumas acções de exploração ou morte
3. Diversidade e simbiose
4. Postura anti-classe – os princípios acima mencionados deverão ser
alargados ao âmbito intra-humano, e também a países
desenvolvidos e em vias de desenvolvimento
5. Luta contra a poluição e a depleção de recursos
6. Complexidade (a não confundir com complicação) – privilegia por
um lado a noção de complexidade dos sistemas quer naturais, quer
humanos e a consequente necessidade de visões humildes na
compreensão da biosfera e seus processos, e por outro dos
processos humanos nos quais divisão de trabalho e investigação
fragmentada, dificultam uma visão de futuro.
7. Autonomia local e descentralização
sexta-feira, março 26, 2010
TANGERINE DREAM ONTEM EM LISBOA
Foi um concerto inesquecível!
Foram três horas de pura magia sonora e visual, onde sons clássicos misturaram-se com electrónica e rock progressivo, projecção de vídeo e luz. Uma viagem ao seu passado e presente, iniciada com um autêntico conto de fadas, num quarteto de violoncelos, um piano de cauda e com uma bela princesa “luminosa”. O corte com a clássica foi abrupto. A destruição da “velha” harmonia deu origem a uma nova vibração cósmica, de sons e esculturas sonoras, ora suaves, ora intensas. No entanto, o ciclo passou novamente pela clássica com Gymnopédies de Satie, misturada com sons da urbe contemporânea. Os clássicos dos Tangerine Dream passaram durante todo o espectáculo com novos arranjos e, de vez em quando, foram introduzidos momentos novos de beleza complexa. O saxofone e flauta da linda Linda Spa deram um toque bem humano às “maquinas”. Bernhard Beibl ofereceu bons solos de guitarra e introduziu bem o violino eléctrico no espectáculo. No encore, a Iris Camaa presenteou-nos com a sua bela voz, após uma longa e energética jornada aos comandos da bateria e da percussão. Thorsten Quaeschning foi o braço direito de Edgar Froese e arrecadou os solos sintetizados que outrora pertenciam a Baumann, Franke, Schmoelling e Haslinger. Froese mostrou toda a Sabedoria musical e intuitiva que fez deste grupo um marco histórico da música instrumental contemporânea e “electrónica clássica”, que ao longo destes 42 (ou 43) anos criou e inovou constantemente, inspirando outros músicos, artistas plásticos, arquitectos e escritores. Tangerine Dream trouxe ao mundo novos caminhos musicais, que abrilhantam a banda sonora original da vida de cada um de nós.
Obrigado Tangerine Dream!
Fotos: Jorge Moreira.
terça-feira, março 23, 2010
segunda-feira, março 22, 2010
Tangerine Dream em Lisboa na próxima quinta-feira
TANGERINE DREAM
25 de Março – 21H30 (abertura de portas às 20H30 )
Os Tangerine Dream são uma banda de Berlim, formada em 1967 por Edgar Froese.
Tornaram-se conhecidos como pioneiros de uma nova música instrumental e introduziram novos sons, efeitos sonoros e novas técnicas de produção. Passados estes anos, Edgar Froese continua provocador, inovador e único no seu universo musical.
Com mais de 107 álbuns editados, destacam-se alguns nomes como "Zeit", "Atem", "Phaedra", "Stratofear", "Cyclone" (o único com vozes), "Force Majeure", "Hyperborea", "Optical Race" e "Mars Polaris", entre muitos.
A banda nomeada sete vezes para os Grammy, é um fenómeno único, que dificilmente encaixa numa determinada categoria musical. Utiliza tecnologia de ponta e ao mesmo tempo está envolvida por uma forte identidade rock&roll. Muitos tentaram copiar, sem sucesso, o que se tornou conhecido como o som dos Tangerine Dream.
Ao longo dos anos, sempre tiveram os seus pequenos segredos; na forma como criam as suas bases musicais e como estas se interligam, formando uma indescritível experiência musical, conseguindo assim estar sempre à frente de qualquer movimento. Durante muitos anos, os Tangerine Dream tiveram uma carreira paralela, criando bandas sonoras para produções cinematográficas em Hollywood.
Muitos artistas, de diversas áreas como pintores, escritores, actores, dançarinos, arquitectos e fotógrafos, têm homenageado os TD ao realizarem trabalhos famosos inspirados pela sua música.
A fama dos Tangerine Dream no mundo da música, a sua vasta experiência e profissionalismo, as suas inesquecíveis actuações ao vivo, assim como os seus tops de vendas, dão-lhes a liberdade de poderem trabalhar de forma independente. Desta forma mantêm e desenvolvem a sua imagem de marca, a sua originalidade.
In Coliseu de Lisboa
Para informação diária visite o meu Facebook
segunda-feira, março 08, 2010
A Necessidade de Altruísmo - Conferência de Matthieu Ricard no Porto
Matthieu Ricard, o conhecido monge budista francês, estará no Porto para dar uma Conferência Pública, no dia 8 de Março a convite da C.A.S.A. (Centro de Apoio ao Sem Abrigo). A conferência terá o título “A Necessidade de Altruísmo” e terá lugar na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda.
Data: 8 de Março de 2010 às 18h30
Local: Fundação Dr. António Cupertino Miranda, Av. da Boavista, 4245, 4100-140 Porto
Preço: 15 € / estudante: 10 €
O valor angariado reverte a favor da instituição CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo
Mais informações:
--
CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo
Morada: Rua Álvaro Castelões, 229, 3º
4450-041 Matosinhos
tel.: 22 937 84 46 tlm.: 91 777 21 57 / 91 493 59 07
email: casa.apoioaosemabrigo.porto@gmail.com
Sobre Matthieu Ricard
Matthieu Ricard é um monge budista francês, fotógrafo e autor. Vive e trabalha no mosteiro Shechen Tennyi Dargyeling no Nepal, Himalaias, há quarenta anos.
Nascido em França em 1946, filho do conhecido filósofo francês Jean-François Revel, cresceu no seio das ideias e personalidades dos círculos intelectuais franceses. Viajou para a Índia em 1967.
Doutorado em genética molecular no Instituto Pasteur de Paris em 1972, decidiu abandonar a sua carreira científica e concentrar-se na prática do budismo tibetano. Estudou com Kangyur Rinpoche e alguns outros grandes mestres dessa tradição e tornou-se estudante próximo e auxiliar de Dilgo Khyentse Rinpoche, até ao seu falecimento em 1991. Desde então, tem dedicado a sua actividade à realização da visão de Dilgo Khyentse Rinpoche.
As fotografias de Matthieu Ricard de mestres espirituais, das paisagens e das pessoas dos Himalaias têm aparecido em inúmeros livros e revistas. Henri Cartier-Bresson disse do seu trabalho, ”a vida espiritual de Matthieu e a sua câmera são um só, donde brotam estas imagens, fugazes e eternas“.
Ele é o autor e fotógrafo de “Tibet, An Inner Journey” e “Monk Dancers of Tibet” e, em colaboração, os fotolivros “Buddhist Himalayas”, “Journey to Enlightenment” e recentemente “Motionless Journey: From a Hermitage in the Himalayas”. Matthieu Ricard é o tradutor de diversos textos budistas, incluindo “The Life of Shabkar”.
O diálogo com seu pai, Jean-François Revel, em “O Monge e o Filósofo”, foi um best-seller na Europa e foi traduzido para 21 idiomas, e “The Quantum and the Lotus” (em co-autoria com Trinh Xuan Thuan) refletem o seu interesse de longa data pela Ciência e o Budismo.
No seu livro de 2003 “Plaidoyer pour le Bonheur” (publicado em Inglês em 2006, como “Happiness: A Guide to Developing Life’s Most Important Skill”) explora o significado e plenitude da felicidade e foi um grande best-seller em França.
Matthieu Ricard foi apelidado de “a pessoa mais feliz do mundo” pelos media depois de ser voluntário para um estudo realizado na Universidade de Wisconsin-Madison sobre a felicidade, posicionando-se significativamente acima da média obtida após os testes de centenas de outros voluntários.
Membro do conselho do “Mind and Life Institute”, que é dedicado a encontros e pesquisa em colaboração entre cientistas e estudiosos budistas e praticantes de meditação, as suas contribuições foram publicadas em “Destructive Emotions” (editado por Daniel Goleman) e noutros livros de ensaios. Matthieu Ricard está também profundamente envolvido na investigação sobre o efeito do treino da mente sobre o cérebro, nas Universidades de Wisconsin-Madison, Princeton e Berkeley.
Matthieu Ricard foi condecorado com título de Cavaleiro da “Ordre National du Mérite” pelo presidente francês François Mitterrand pelos seus projetos humanitários e pelos seus esforços para preservar o património cultural dos Himalaias.
Ns últimos anos tem dedicado os seus esforços e doa todos os proventos do seu trabalho em favor the trinta projetos humanitários na Ásia, que incluem a manutenção e construção de clínicas, escolas e orfanatos na região: www.karuna-shechen.org
Desde 1989, actua como intérprete de Francês para S. S. o Dalai Lama.
(N.T.: Karuna significa “compaixão” em sânscrito)
terça-feira, maio 12, 2009
A Presidente da Federação Europeia da Sociedade Teosófica TRÂN-THI-KIM-DIÊU vai estar esta semana em Portugal, a fim de proferir duas conferências, uma no Porto e outra em Évora e vai estar presente num Seminário em Lisboa.
O programa encontra-se abaixo.
14/15/16/17 – MAIO – 2009: PORTO/ÉVORA/LISBOA
PROGRAMA COM TRÂN-THI-KIM-DIÊU
(PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO EUROPEIA DA SOCIEDADE TEOSÓFICA)
14/Maio – 5ª Feira
Conferência no Porto
Tema: O Papel Supremo da Humanidade na Economia da Natureza
Local: Praça da República, nº13
Horas: 21h30
15/Maio – 6ª Feira
Conferência em Évora
Tema: O Papel Supremo da Humanidade na Economia da Natureza
Local: Biblioteca Pública (sujeito a confirmação)
Horas: 18h30
16/Maio – Sábado e 17/Maio – Domingo
Seminário Teosófico em Lisboa
Tema: A Teosofia Aplicada à Vida Quotidiana
Local: Sede da STP/Lisboa
Horas: Sábado – todo o dia; Domingo – manhã e tarde
Cumprimentos Fraternais,
Jorge Moreira.
domingo, março 22, 2009
Está neste momento a decorrer a 2ª. época de candidaturas aos cursos de 1.º ciclo da Universidade Aberta, encerrando estas a 31 de Março
http://www.univ-ab.pt/
UNIVERSIDADE PÚBLICA DE ENSINO A DISTÂNCIA
EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO
INFORMAÇÕES
Rua da Imprensa Nacional, n.º 100
1250-127 Lisboa
Tel.: 213 916 568/69/79/88
e-mail: infosac@univ-ab.pt
Delegação de Coimbra: 239 852 810
Delegação do Porto: 228 346 760
DCeT DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
A Universidade Aberta procura, através da sua oferta
pedagógica na área das CIÊNCIAS DO AMBIENTE, corresponder
aos objectivos formulados para a Década
das Nações Unidas para a Educação para o Desenvolvimento
Sustentável (2005 a 2014).
Para esse efeito desenvolve programas de estudo inovadores,
tanto a nível de cursos formais como não formais,
onde se privilegiam abordagens multidisciplinares,
tendo em vista a aquisição de competências do domínio
da educação para a cidadania. Promove-se o ensino centrado
em estudos de caso, valorizam-se formas de trabalho
colaborativo e cooperativo e desenvolve-se a relação
entre áreas distintas do saber.
A metodologia de ensino a distância, na modalidade de
classe virtual, permite, para além da flexibilidade do
aprender em qualquer lugar, inovar e diversificar os
modos de interacção com e entre os estudantes. Para
além disso, alguns cursos contam com módulos presenciais,
que incluem saídas de campo em várias
regiões do país.
OUTRAS ÁREAS DE OFERTA
1.º Ciclo
Informática
Matemática e Aplicações
2.º Ciclo
Estatística, Matemática e Computação
Expressão Gráfica e Audiovisual
Aprendizagem ao Longo da Vida
Alimentação e Nutrição
Consumo Alimentar Sustentável
Higiene, Segurança e Alimentar
Informática
Matemática
LICENCIATURA EM
CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Maior Ciências do Ambiente
Minor Conservação do Património Natural
Minor Ambiente e Saúde
Minor Gestão e Sustentabilidade Ambiental
APRENDIZAGEM
AO LONGO DA VIDA
Cursos de Formação
• Avaliação de Impacte Ambiental
• Sistemas Integrados de Ambiente,
Qualidade e Segurança
• Instrumentos de Apoio à Gestão do Ambiente
MESTRADO EM
CIDADANIA AMBIENTAL
E PARTICIPAÇÃO
DCeT DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
Seminário virtual Europeu em Desenvolvimento Sustentável
Este seminário, que funcionará totalmente em regime de
e-learning, tem como objectivo fomentar o diálogo, entre
estudantes europeus, sobre desenvolvimento sustentável,
com base na análise, numa perspectiva multidisciplinar, de
um conjunto de estudos de caso. Os estudantes, de várias
nacionalidades, serão directamente confrontados com abordagens
distintas à problemática da sustentabilidade, com o
objectivo de introduzir alterações na sociedade e deste
modo contribuir para a construção de uma Europa mais
sustentável. Os estudos de caso são os seguintes:
Gestão integrada da Água na Bacia do Danúbio:
Implementação da Directiva Quadro da Água numa
perspectiva internacional (University of Antwerp,
Bélgica)
Comunicar a sustentabilidade: estratégias para
comunicar o conceito de desenvolvimento
sustentável (University of Lüneburg, Alemanha)
O Futuro da Agricultura Sustentável na Polónia
(University of Amsterdam, Holanda)
Qualidade de vida versus pressões ambientais
na Europa (Charles University, República Checa)
Geoconservação – o Geoparque de Hateg
(University of Bucharest, Roménia)
UNIVERSIDADE AbERTA http://www.univ-ab.pt/
quarta-feira, dezembro 24, 2008
FELIZ NATAL a todos os SERES
Aquece meu corpo
Com a Força do teu calor
Para o manter activo
No trabalho, na saúde e no rigor.
Luz
Luz da vela
Aquece e ilumina minha alma
Com a Beleza da tua chama
Para quebrar a ira e o apego que me trama
E fazer raiar a alegria, o amor e a calma.
Luz
Luz da Estrela
Ilumina o meu mental
Com a Sabedoria da tua Graça
Para abolir as fronteiras que o ego meticulosamente traça
E resplandecer a Faúlha do Uno que tudo abraça.
Jorge Moreira - Natal 2005
Esta Poesia em forma de Prece, foi publicada no Blog "Poesia Portuguesa" sob a Luz do Natal. Clique no título e visite o site.
segunda-feira, outubro 20, 2008
AMBIENTE EM DEBATE - CONVERSAS DE FIM DE TARDE
Está a ter lugar na Fundação de Serralves um debate sobre o Ambiente que se realiza entre
08 Mai 2008 e 18 Jun 2009 - das 17:00 às 19:30
O objectivo destas conversas é o de difundir informação, suscitar o debate e contribuir para ampliar conhecimentos em matéria de ambiente: apenas através de uma ética de sustentabilidade é possível viabilizar uma mudança de atitudes, comportamentos e valores, na perspectiva de uma cidadania activa e responsável.
A entrada é gratuita mediante inscrição prévia para
tel: 22 61 56 587 ou e-mail: c.almeida@serralves.pt
PROGRAMA:
08 MAI 2008: Organismos Geneticamente Modificados - Uma opção Sustentável?
26 JUN 2008: O VALOR DA BIODIVERSIDADE - Uma perspectiva ética
16 OUT 2008: ÁGUA SUBTERRÂNEA – UM RESERVATÓRIO PARA UM PLANETA COM SEDE?
20 NOV 2008: TERRA E SAÚDE – CONSTRUIR UM AMBIENTE MAIS SEGURO
18 DEZ 2008: ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS – REGISTO NAS ROCHAS
19 FEV 2009: RECURSOS – A CAMINHO DE UM USO SUSTENTÁVEL
19 MAR 2009: MEGACIDADES – O NOSSO FUTURO GLOBAL
16 ABR 2009: OCEANO – UM ALVO DE COBIÇA?
21 MAI 2009: SOLO – UMA GESTÃO SUSTENTÁVEL?
18 JUN 2009: TERRA E VIDA – NOVOS DESAFIOS PARA A BIODIVERSIDADE
Para mais informações visitar aqui
Até logo,
Jorge Moreira.
segunda-feira, setembro 29, 2008
SEMANA VEGETARIANA
De 29 de Setembro a 5 de Outubro, aproveita as palestras, workshops,
descontos em restaurantes e lojas, e promoções diversas, que irão
ocorrer de Norte a Sul do país.
* Semana Vegetariana
De 29 de Setembro a 5 de Outubro de 2008, diversas entidades promovem,
pela primeira vez, a Semana Vegetariana. São sete dias, dedicados à
promoção de um estilo de vida saudável, ético e ecológico.
Esta semana inclui o Dia Mundial do Vegetarianismo (01 de Outubro) e o
Dia do Animal (04 de Outubro).
Artigo completo:
http://www.centrovegetariano.org/Article-496-Semana%2BVegetariana.html
* Entidades aderentes da Semana Vegetariana *
- Semente - Centro Macrobiótico de Braga
- Restaurante Flôr de Coimbra,
- Projecto 270 (Costa da Caparica),
- Centro Vegetariano,
- Essência do Mundo - Lda,
- Efeito Verde - Lda,
- Etikweb,
- Restaurante Grão de Soja (Espinho),
- Restaurante As Tílias (Fundão),
- loja Casa do Bosque (Gondomar),
- Restaurante O Ribatejano (Faro),
- Restaurante O Espaço Saudável (Figueira da Foz),
- Restaurante O Ferreiro (Buarcos, Figueira da Foz)
- Ervanária Moderna (Linda-a-Velha),
- loja Bio Paladares e Companhia (Lisboa),
- Sociedade Portuguesa de Naturalogia (Lisboa),
- Associação Vegetariana Portuguesa (Lisboa),
- Associação Acção Animal (Lisboa),
- Crew Hassan (Lisboa),
- loja Eco Zen (Lisboa),
- Espaço Prama (Lisboa),
- Movimento Hare Krishna (Lisboa),
- Fernanda Botelho (Lisboa),
- Restaurante Da Terra (Matosinhos),
- Restaurante Oriente no Porto,
- Restaurante Nakité (Porto),
- Casa da Horta (Porto),
- Associação Acção Animal (núcleo Porto).
Em http://www.semanavegetariana.com podes ver os eventos, promoções e
descontos promovidos por cada entidade.
Participa e divulga esta iniciativa de promoção do vegetarianismo a
nível nacional!
sexta-feira, maio 09, 2008
Seminário - A Tecnologia no Mundo Actual
terça-feira, abril 22, 2008
Jean Michel Jarre - Concerto - Primeira Vez em Portugal
Jean Michel Jarre vai estar em Portugal, para realizar dois espectáculos nos Coliseus. Em Lisboa será no dia 25 de Abril e no Porto no dia 27 de Abril.
Esta é uma oportunidade única, de ver este pioneiro da música electrónica e embaixador da boa vontade das Nações Unidas, onde os seus concertos bateram, por várias vezes, recordes de assistência. Alguns contaram até com milhões de pessoas. Os seus discos já venderam mais de 80 milhões de exemplares.
Estes concertos estão inseridos nas comemorações dos 30 anos do lançamento do clássico e pioneiro album Oxygène, que já na altura, alertava para o efeito nefasto que o homem estava a produzir sobre o Planeta Terra.
A música é fantástica, colorida, uma autêntica poesia sonora que nos transporta para ambientes celestes, de ficção científica, de futuro, de agora, de Terra vista do Espaço...
Espera-se assistir a esta música futurista, tocada com sintetizadores do passado, máquinas maravilhosas que trilharam o imaginário dos mais vanguardistas e que continuam a inspirar compositores e engenheiros. A música inspira DJs, arquitectos, pintores, autores, etc...
Este álbum, que comemora 30 anos de existência já tem uma sequela, tocada com máquinas actuais, mas com características vintage. É, para o dia de hoje, Dia Internacional do Planeta Terra, um excelente contributo.
Não percam o concerto… se ainda houver bilhetes…
Podem visitar o site oficial em: Jean Michel Jarre
Para ver imagens dos concertos e outras acções veja o Blog do Jean Michel Jarre
sexta-feira, março 07, 2008
As Origens do Homem Moderno - contributo anti-racista
Desde tempos imemoriais que o Homem tenta explicar a sua origem. Inicialmente e pela falta de conhecimento científico invocou aspectos míticos e religiosos para descrever a sua génese através do criacionismo. Mas foi Lamarck, que no século XIX, colocou o Homem na corrente evolutiva e posteriormente, Darwin formulou a teoria da origem africana. Avanços científicos e tecnológicos recentes, nas áreas da Biologia Evolutiva e Molecular e na área da Arqueologia, sugerem que a filogenia1 do homem moderno, Homo sapiens, surgiu na savana africana.
Modelos Sobre a Origem do Homem Moderno
Existam dois modelos que explicam a evolução do Homo sapiens a partir do Homo erectus: o modelo multirregional, centrado numa evolução simultânea em diversas zonas do globo, pela acção da selecção natural,2 a partir de uma sucessiva vaga de antepassados que saíram da África há mais de 1,5 milhões de anos; e o modelo Out of Africa que explica a origem comum da humanidade actual, através da microevolução3 de uma pequena e única população4 que existiu na savana africana cerca de 200 000 mil anos atrás e que posteriormente se teria espalhado e diversificado para outros continentes, suplantando as populações estabelecidas de Homo arcaicas. Este modelo Out of Africa é o mais consensual entre a comunidade científica devido a argumentos essencialmente genéticos.
Argumentos Favoráveis ao Modelo Out of Africa
A Arca de Noé, a Eva Negra, a hipótese da substituição, o modelo de origem única e a evolução africana recente, são designações que alguns autores utilizam para definir o modelo da evolução do Homem anatomicamente moderno Out of Africa. Este modelo traduz um evento de especiação,5 uma vez, que novas espécies, costumam surgir de pequenas e isoladas populações, capazes de manter e acentuar a diversidade genética.
As principiais evidências deste modelo são as seguintes:
O ADN mitocondrial6 é um modo de transmissão inteiramente maternal, logo, não recombina e não sofre mutações7 (ou as que sofre são facilmente detectadas). Para além disso, existe milhares de cópias de um determinado gene8 mitocondrial por célula, tornando o ADN mitocondrial um relógio molecular, um instrumento muito útil em determinadas situações, onde o tecido da amostra está muito velho, é muito pequeno ou foi degradado pelo calor e/ou humidade, tal como acontece com os fósseis. A análise da variação da composição molecular do ADN mitocondrial e suas mutações neutras sofridas em indivíduos africanos, asiáticos, europeus e ameríndeos, nomeadamente na região da D-loop9 determinam uma suposta origem de toda a linhagem humana moderna.
O cromossoma Y, pela sua herança paterna, também não recombina, excepto nas zonas I e II e por esse facto, é o segundo sistema genético mais utilizado no estudo da população humana. A análise da parte não recombinante do cromossoma Y nas populações actuais, também demonstra uma origem recente comum africana entre 100 000 a 200 000 anos.
Estudos que recolheram mais de um milhar de amostras de ADN cromossómico provenientes de 42 regiões geograficamente distintas, analisaram o locus10 CD411 do cromossoma 1212 donde concluíram que todas as populações, excepto as sub-Saharianas, apresentavam delecção13 do Alu14 e um único tipo de STRP15
Outro estudo actual de ADN nuclear realizado a populações geograficamente separadas permitiu chegar à conclusão de que existe maior diversidade genética no continente africano do que nos outros, para muitos loci16 nucleares, podendo assim, indiciar uma origem comum da humanidade moderna neste continente.
A hipótese Out of Africa e a explosão demográfica verificada nos últimos séculos explica a especificidade geográfica dos alelos17. São provavelmente mutações recentes que não tiveram tempo suficiente para se difundir pela população mundial.
A baixa diversidade genética humana é também o resultado de uma espécie jovem proveniente de uma pequena população original.
Os fósseis mais antigos conhecidos de Homo sapiens foram três crânios encontrados na Etiópia, em 1997, com cerca de 160 000 anos. O mais completo dos crânios mostra uma combinação de características humanas arcaicas, com modernos primitivos e actuais, fornecendo ainda, uma ligação entre os fósseis mais antigos de Homo sapiens de África e outros mais modernos na Palestina com cerca de 115 000 anos.
A Expansão do Homo sapiens
Foram identificadas cinco grandes grupos populacionais: negróide (africanos), caucasianos (europeus), mongolóides (asiáticos), ameríndios (americanos nativos) e australóides (australianos e papuanos). Dados genéticos e paleontológicos sugerem que estes grupos são o resultado de uma história complexa de migrações humanas e suas recombinações com as populações arcaicas, em conjugação com factores de deriva genética e selecção natural, que entraram em acção, desde que o Homo sapiens aumentou a sua população e se expandiu a partir de África. Inicialmente um grupo de humanos movimentou-se para o Noroeste Asiático através do Médio Oriente e instalou-se no Sudeste Asiático. Outro grupo dirigiu-se para a Índia e de seguida para o Sudeste Asiático, recombinando-se novamente. Parte desta população dirigiu-se para o Pacífico e Austrália, a outra parte, recombinou-se novamente eliminando os traços africanos em grande parte das populações. A Europa recebeu, desde o Paleolítico, várias ondas migratórias provenientes de leste. Já no Neolítico, os agricultores oriundos do Médio Oriente, do norte de Cáucaso e dos mares Negro e Cáspio e posteriormente, a partir da Grécia, levaram o seu material genético para a Europa, expandindo-se até à Península Ibérica. (Ver Anexo I)
Conclusão
Triesman (1995) colocou a hipótese de ter havido, numa pequena população africana, cerca de 200 000 anos atrás, uma mutação mitocondrial favorável, mas letal na presença de genes nucleares diferentes. Daqui surgiu um novo genótipo,18 que se difundiu dentro da população. Com o seu aumento progressivo, saiu de África, povoou novos continentes e modernizou as populações arcaicas nativas, através do seu fluxo génico19. Este gerou uma oposição à deriva genética20, com a introdução de novos polimorfismos21 nas populações e novas combinações de genes, onde a selecção natural pôde actuar. A hibridação22 possibilitou a continuidade local e contribuiu para as diferenças regionais da humanidade moderna, demonstradas nos fenótipos23 característicos de diversas populações, assim como, para a distinção de populações mais antigas e africanizadas de populações locais mais recentes. Os achados arqueológicos foram muito importantes para as evidências da evolução24 do Homo sapiens no fornecimento de pistas concretas sobre a evolução da nossa espécie (ver anexo II).
Depois deste fenómeno humano, à escala global, não houve um novo processo de especiação (pelo menos detectado ou sobrevivido até hoje), devido ao alto fluxo génico verificado, que reduz drasticamente os alelos favorecidos pelas condições locais, evitando assim, uma nova adaptação, como se verificou à 200 000 anos numa pequena população africana.
Os estudos genéticos tiveram um papel preponderante sobre as origens do Homem moderno e sua ancestralidade comum. Forneceram também, evidências profundas, de que as “raças”25 humanas eram biologicamente insignificantes e que a sua variação deve-se a factores de divergências progressivas desde a sua origem, através do isolamento geográfico e às taxas de diferenciação. Assim, uma visão ecotípica26 das diferenças genéticas e fenotípicas entre as populações é a mais correcta, pois não existe uma distinção filogenética, nem uma especiação incipiente nas “raças” humanas. Por esse motivo, não será correcto falar de “raças” humanas às diferenças fenotípicas entre as populações.
Todos os humanos modernos partilham um antepassado comum recente e as diferenças observadas actualmente entre povos são o resultado dos últimos milhares de anos de história.
Tal como toda a vida na Terra tem um ancestral comum, também a história da evolução do Homem moderno evidencia uma população ancestral comum a toda a humanidade actual.
Bibliografia
NICOLAU, P. B.; AZEITEIRO, U. M. (2001) Introdução à Biologia, Universidade Aberta, Lisboa.
LAGUARDIA, J (2005) Raça, evolução humana e as (in)certezas da genética, Antropo, 9, 13-27., Rio de Janeiro, Disponível em: http://www.didac.ehu.es/antropo/9/9-2/Laguardia.htm (Visitado em 9 de Dezembro de 2007).
VALVA, F.; DINIZ-FILHO, J.; (Dezembro de 2003) A Trajectória Humana, Canindé -Revista do Museu de Arqueologia de Xingó, 3, 59-83., Xingó, Disponível em: http://max.org.br/biblioteca/Revista/Caninde-03/Valva-DinizFilho.pdf (Visitado em 9 de Dezembro de 2007).
PÉREZ, A.; CARDOSO, M.; FONTES, M.; ALVES, P. DNA mitocondrial na Antropologia, Disponível em:
http:/
/medicina.med.up.pt/bcm/trabalhos/200/DNA_mitocondrial_
antropologia_principal.ppt
(Visitado em 10 de Dezembro de 2007).
WIKIPEDIA, Portal da Biologia, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
(Visitado em 10 e 12 de Dezembro de 2007)
LOUREIRO, E (2005) História da Europa, das Conquistas e do Avanço Tecnológico: uma Perspectiva Bio-geográfica da História da Humanidade, Res-Publica - Revista Lusófona de Ciência Política e Relações Internacionais, 1, 89-96, Universidade de Coimbra e Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Disponível em:
http://respublica.ulusofona.pt/historia_da_europa.pdf (Visitado em 12 de Dezembro de 2007)
SANTOS, Â., (Outubro 2005) Seminário DNA Mitocondrial, Universidade Federal do Pará, Disponível em: http://www.seguranca.mt.gov.br/politec/3c/artigos/
dna_mitocondrial.doc (Visitado em 13 de Dezembro de 2007).
Glossário e Conceitos
1 Filogenia - a história da evolução de uma determinada espécie ou grupo de espécies relacionadas.
2 Selecção Natural – processo de evolução proposto por Darwin e aceite pela comunidade científica. É a fonte da Diversidade Biológica. É um meio que leva a adaptação dos seres vivos a determinado ambiente, à evolução da vida e ao aparecimento de novas espécies.
3 Microevolução – fraccionamento de uma espécie em duas espécies filhas semelhantes.
4 População - grupo de indivíduos pertencentes à mesma espécie e que partilham o mesmo local ao mesmo tempo.
5 Especiação - relacionada com factos do processo evolutivo responsáveis pela formação de uma nova espécie.
6 ADN mitocondrial - uma “espécie de segundo” genoma que a célula tem no organelo mitocôndria é muito mais simples que o ADN nuclear. É constituído por uma cadeia dupla circular (cadeia pesada H e a cadeia leve L). hereditariamente só tem origem materna.
7 Mutações – mudança genética num organismo que comporta alterações dos genes individuais do ADN, o desvio na estrutura ou no número de cromossomas. As mutações são importantes para a formação de novo material genético que permite a evolução.
8 Gene – segmento de um cromossoma que contem a informação específica para produzir determina proteína ou uma característica fenotípica.
9 D-loop – região gerada pela síntese de um segmento curto da cadeia pesada H denominado 7SDNA, onde se encontra a origem da replicação da cadeia H. Esta região ADN mitocondrial é muito importante do para estudos forenses e bio-geográficos, porque não combina com nenhum gene. Só pode variar com poucas limitações relacionadas com factores de tamanho, peso e luz.
A replicação do D-loop é um processo que as mitocôndrias e os cloroplastos replicam o seu material genético.
10 Loccus – a localização de um gene nos cromossomas.
11 CD4 – é um co-receptor de células protectoras do tipo T presentes na pele e em mucosas.
12 Cromossoma 12 – um dos 23 pares de cromossomas constituintes do genótipo humano.
13 Delecção – perda de um segmento de um cromossoma. Perda de sequências nucleotídicas pelo genoma de um indivíduo.
14 Alu – pseudogenes ou repetições dos genes no ADN
15 STRP (Small Tandem Repeats Polymorphism).
16 Loci - plural de loccus, localizações especificas nos cromossomas.
17 Alelos - formas alternativas do par de gene que ocupa um determinado loccus num cromossoma e condiciona uma determinada característica fenotípica do individuo.
18 Genótipo – conjunto de genes de um indivíduo. Informação genética presente num par de alelos para cada gene. O genótipo condiciona os fenótipos de cada ser.
19 Fluxo génico – migração, transferência de genes de uma determinada população para uma outra.
20 Deriva genética – as divisões das populações em pequenos grupos isolados reprodutiva-mente entre si actuam, junto com a selecção natural, actuam evolutivamente modificando as características das espécies ao longo do tempo.
21 Polimorfismo – existência de várias formas dentro da mesma espécie.
22 Híbrido – procriado por duas espécies distintas.
23 Fenótipo – caracteriza o indivíduo na sua aparência física e é determinado pelo genótipo. São características de cada ser, como por exemplo, a sua estatura, cor da pele, olhos, etc., são provenientes dos genótipos.
24 Evidências da evolução – São três os principais argumentos: evidências observáveis, abundantes e directas; as imperfeições da natureza revelam Evolução e as transições são relatadas pelo registo fóssil.
25 Raça – o termo raça implica a organização de grupos claramente separados uns dos outros. Dentro da nossa espécie não existe tais grupos.
26 Ecotípos – grupos geneticamente diferenciados e adaptados a um determinado meio ambiente, mas não constituem unidades filogenéticas distintas, mas sim, entidades ecológico-funcionais que se caracterizam por uma diferenciação em diversos graus.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
A unidade biológica subjacente em toda a vida
A unidade da vida é um tema que tem suscitado em mim, imensas questões de cariz científico e filosófico, e terá sido mesmo, o elemento preponderante que me levou a enveredar por esta Licenciatura em Ciências do Ambiente.
A Biologia faculta-nos imensas hipóteses e provas científicas, que vão ao encontro deste maravilhoso princípio que é a unidade intrínseca em toda a vida. Irei portanto, abordar, no âmbito desta Unidade Curricular, os argumentos que sustém o tema escolhido.
A vida não permite uma definição simples, na medida, em que a vida não pode ser definida por um critério único. No entanto, a palavra vida é normalmente usada para definir uma variedade de propriedades e processos naturais comuns a todos os seres vivos, tais como: serem constituídos por células, terem estruturas complexas e altamente organizadas, possuírem a capacidade de desenvolver uma grande variedade de actividades, receberem e transformarem energia do ambiente, descartarem produtos residuais, executarem uma grande diversidade de reacções químicas, encerrarem qualidades de entropia e homeostáticas relativamente a variáveis do meio envolvente, reagirem a estímulos, adaptarem-se, reproduzirem-se, nascerem, crescerem e morrerem.
A unidade biológica da vida manifesta-se sobre diferentes aspectos:
1. A nível celular – Todos os seres vivos têm na sua constituição fundamental a célula. Ela é a unidade básica de estrutura e função de todos os organismos. É a unidade de reprodução, desenvolvimento e de hereditariedade. Em alguns seres, a célula constitui o próprio indivíduo. Noutros, as células agregam-se em colónias unicelulares ou em tecidos multicelulares capazes de formarem órgãos, que executam uma determinada função num organismo complexo, como por exemplo, o nosso corpo.
2. A nível molecular – Todas as células possuem basicamente o mesmo tipo de elementos químicos. Os inorgânicos como a água e os sais minerais; e os orgânicos, que desempenham funções: estrutural ou plástica, energética, enzimática ou reguladora, de armazenamento e transferência de informação; são os polímeros: polissacáridos, lípidos, proteínas e os ácidos nucleicos. São estas últimas macromoléculas, os ácidos nucleicos, DNA e RNA, que encerram e transmitem a informação genética.
A molécula de DNA contém, similarmente à célula, uma organização e um funcionamento universal em todos os seres vivos. A enorme diversidade da molécula de DNA é responsável pela enorme diversidade da vida, na medida, em que cada organismo contém o seu próprio DNA, que o torna único perante os outros.
Ainda no âmbito molecular, a adenosina tri-fosfato, ATP, é a molécula que armazena a energia utilizada pela célula, em diversos processos biológicos, porque a energia luminosa e a energia química dos compostos orgânicos, não podem ser utilizadas directamente pela célula.
3. Na origem da vida – Actualmente não existe consenso quanto às etapas do aparecimento da vida na Terra. No entanto, sabemos que ela surgiu como organismos unicelulares, entre 3,9 mil milhões e 3,8 mil milhões de anos a partir de moléculas orgânicas pré-bióticas.
4. Na evolução da vida – Os primeiros microrganismos muito primitivos, são o ancestral universal de toda a vida que existe e existiu no planeta. Ela apareceu nos oceanos primitivos, evoluiu para formas mais complexas, multiplicou-se, adaptou-se a novos ambientes, através da alteração do fundo genético, resultado da selecção natural, e chegou até nós, seres que desenvolveram capacidades cognitivas.
5. Nas relações tróficas – Cadeias alimentares, onde se verificam transferências de energia e de matéria entre os diferentes níveis tróficos. Os produtores fotossintéticos e quimiossintéticos sintetizam a matéria orgânica a partir da mineral, utilizando respectivamente energia solar luminosa e energia química. Os consumidores, incapazes de produzirem a sua própria energia, alimentam-se de outros organismos. Por sua vez, os decompositores degradam a matéria orgânica proveniente de cadáveres e excrementos dos seres vivos, libertando as substâncias minerais novamente para a geosfera.
6. Nos níveis de organização da vida – Existe uma organização espantosa na vida, em níveis de complexidade crescente que vão das partículas subatómicas à biosfera.
7. Na natureza cíclica da vida – Sequência de acontecimentos que ocorrem durante a vida de um organismo, desde que se forma até à produção da sua própria descendência. A nível celular, a interfase e a fase mitótica exemplificam bem esse fenómeno. A alternância de fases nucleares é outro ciclo, dos muitos que existem a nível biológico, como por exemplo, o da respiração, o da alimentação, o da circulação do sangue, etc.
Conclusão
Todos os seres vivos estão ligados entre si, por princípios de função, de estrutura, de origem, de evolução, de organização, de trocas de materiais e energia e por ciclos naturais. Esta unidade fundamental subjacente na enorme diversidade da vida está encerrada em cada célula, em cada DNA, onde as suas principais características são a universalidade e a variabilidade.
Bibliografia
NICOLAU, P. B.; AZEITEIRO, U. M. (2001) Introdução à Biologia, Universidade Aberta, Lisboa.
SILVA, A. D.; GRAMAXO, F.; SANTOS, M. E.; MESQUITA, A. F.; BALDAIA, L.; FÉLIX, J. M. (2006) Terra, Universo de Vida – 1ª Parte, Biologia, Porto Editora, Porto.
WIKIPEDIA, (Visitado em: 03 de Novembro de 2007), portal da Biologia, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia.
segunda-feira, dezembro 24, 2007
Feliz Natal
É Luz
É Amor
É Alegria
É Esperança.
É a dádiva do Absoluto...
Que este Natal
Nasça em ti
Um Mundo de Felicidade.
Paz a Todos os Seres.
São os Votos de Jorge Moreira
domingo, novembro 25, 2007
Pink Floyd Redux
Foi recentemente lançado um álbum maravilhoso com éxitos dos Pink Floyd, composto exclusivamente por vozes femininas.
Ouvir Another Brick In The Wall por Giselle Webber, até arrepia. Uma voz parecida com a Bjork, numa sensualidade rouca e desconcertante.
A música é Pink Floyd com roupagens actuais, que joga entre a electrónica a piscar o dance e o jazz fusion ambiental.
Não perca esta obra, Pink Floyd Redux, um disco actual de música intemporal.
quinta-feira, outubro 25, 2007
Al Gore - Prémio Nobel da Paz II
Tem existido imensos ataques, pelos mais variados motivos contra o Al Gore. Alguns certamente que são verdadeiros, mas outros, não passam de calúnias por todos aqueles que têm interesses profundos para que as coisas continuem como estão.
Falam na casa de Al Gore que não é amiga do ambiente.
Ora, a casa de Al Gore foi recentemente convertida em “amiga do Ambiente” com painéis solares e outros equipamentos. Certo que foi depois de algumas críticas…
Criticam os aviões particulares que utiliza para se deslocar.
Os aviões, os veículos e as actividades que realiza são compensados pela plantação de x nº de árvores, etc. Claro que não deixa de poluir, mas tenta compensar…
Dizem que ele tem outros interesses políticos, etc.
Mas serão estas realmente as questões de fundo?
Para mim e para o mundo actual, mesmo que ele tenha algum interesse mais ou menos claro, tem levado este assunto às agendas políticas mundiais e tem sido uma “viga Mestra” na divulgação e na consciencialização mundial para as questões climáticas e ambientais. Penso que foi esse o motivo que levou o Comité do Nobel a laureá-lo com o prémio Nobel da Paz.
Não nos podemos esquecer, que mesmo antes do Al Gore ter sido vice-presidente dos Estados Unidos, mesmo antes de ter tido cargos políticos relevantes, ele já tinha escrito artigos e livros, direccionados para uma tomada de consciência, que a acção do homem estava a produzir no nosso Planeta, especialmente na exploração desenfreada dos recursos naturais, na poluição, etc., produtos estes, de um capitalismo feroz. Se houve aproveitamento político pessoal por estar a defender estas ideias, acredito que sim. Mas também teve a coragem de ir contra muita gente influente… “lá de casa”, o país mais poluidor do mundo, onde ¼ de toda a poluição mundial provém de lá.
Certamente que seria muitíssimo melhor que qualquer Bush na presidência dos EUA…