quarta-feira, dezembro 24, 2008

FELIZ NATAL a todos os SERES

Luz
Luz do fogo
Aquece meu corpo
Com a Força do teu calor
Para o manter activo
No trabalho, na saúde e no rigor.

Luz
Luz da vela
Aquece e ilumina minha alma
Com a Beleza da tua chama
Para quebrar a ira e o apego que me trama
E fazer raiar a alegria, o amor e a calma.

Luz
Luz da Estrela
Ilumina o meu mental
Com a Sabedoria da tua Graça
Para abolir as fronteiras que o ego meticulosamente traça
E resplandecer a Faúlha do Uno que tudo abraça.

Jorge Moreira - Natal 2005

Esta Poesia em forma de Prece, foi publicada no Blog "Poesia Portuguesa" sob a Luz do Natal. Clique no título e visite o site.

segunda-feira, outubro 20, 2008

AMBIENTE EM DEBATE - CONVERSAS DE FIM DE TARDE


Está a ter lugar na Fundação de Serralves um debate sobre o Ambiente que se realiza entre
08 Mai 2008 e 18 Jun 2009 - das 17:00 às 19:30

O objectivo destas conversas é o de difundir informação, suscitar o debate e contribuir para ampliar conhecimentos em matéria de ambiente: apenas através de uma ética de sustentabilidade é possível viabilizar uma mudança de atitudes, comportamentos e valores, na perspectiva de uma cidadania activa e responsável.

A entrada é gratuita mediante inscrição prévia para
tel: 22 61 56 587 ou e-mail: c.almeida@serralves.pt

PROGRAMA:

08 MAI 2008: Organismos Geneticamente Modificados - Uma opção Sustentável?
26 JUN 2008: O VALOR DA BIODIVERSIDADE - Uma perspectiva ética
16 OUT 2008: ÁGUA SUBTERRÂNEA – UM RESERVATÓRIO PARA UM PLANETA COM SEDE?
20 NOV 2008: TERRA E SAÚDE – CONSTRUIR UM AMBIENTE MAIS SEGURO
18 DEZ 2008: ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS – REGISTO NAS ROCHAS
19 FEV 2009: RECURSOS – A CAMINHO DE UM USO SUSTENTÁVEL
19 MAR 2009: MEGACIDADES – O NOSSO FUTURO GLOBAL
16 ABR 2009: OCEANO – UM ALVO DE COBIÇA?
21 MAI 2009: SOLO – UMA GESTÃO SUSTENTÁVEL?
18 JUN 2009: TERRA E VIDA – NOVOS DESAFIOS PARA A BIODIVERSIDADE

Para mais informações visitar aqui
Até logo,
Jorge Moreira.

segunda-feira, setembro 29, 2008

SEMANA VEGETARIANA

Começa já hoje a 1ª Semana Vegetariana nacional!

De 29 de Setembro a 5 de Outubro, aproveita as palestras, workshops,
descontos em restaurantes e lojas, e promoções diversas, que irão
ocorrer de Norte a Sul do país.

* Semana Vegetariana

De 29 de Setembro a 5 de Outubro de 2008, diversas entidades promovem,
pela primeira vez, a Semana Vegetariana. São sete dias, dedicados à
promoção de um estilo de vida saudável, ético e ecológico.
Esta semana inclui o Dia Mundial do Vegetarianismo (01 de Outubro) e o
Dia do Animal (04 de Outubro).
Artigo completo:
http://www.centrovegetariano.org/Article-496-Semana%2BVegetariana.html


* Entidades aderentes da Semana Vegetariana *

- Semente - Centro Macrobiótico de Braga
- Restaurante Flôr de Coimbra,
- Projecto 270 (Costa da Caparica),
- Centro Vegetariano,
- Essência do Mundo - Lda,
- Efeito Verde - Lda,
- Etikweb,
- Restaurante Grão de Soja (Espinho),
- Restaurante As Tílias (Fundão),
- loja Casa do Bosque (Gondomar),
- Restaurante O Ribatejano (Faro),
- Restaurante O Espaço Saudável (Figueira da Foz),
- Restaurante O Ferreiro (Buarcos, Figueira da Foz)
- Ervanária Moderna (Linda-a-Velha),
- loja Bio Paladares e Companhia (Lisboa),
- Sociedade Portuguesa de Naturalogia (Lisboa),
- Associação Vegetariana Portuguesa (Lisboa),
- Associação Acção Animal (Lisboa),
- Crew Hassan (Lisboa),
- loja Eco Zen (Lisboa),
- Espaço Prama (Lisboa),
- Movimento Hare Krishna (Lisboa),
- Fernanda Botelho (Lisboa),
- Restaurante Da Terra (Matosinhos),
- Restaurante Oriente no Porto,
- Restaurante Nakité (Porto),
- Casa da Horta (Porto),
- Associação Acção Animal (núcleo Porto).


Em http://www.semanavegetariana.com podes ver os eventos, promoções e
descontos promovidos por cada entidade.

Participa e divulga esta iniciativa de promoção do vegetarianismo a
nível nacional!

sexta-feira, maio 09, 2008

Seminário - A Tecnologia no Mundo Actual

Não perca este fim-de-semana o Seminário em Lisboa.
Uma reflexão espiritual da tecnologia no mundo actual.
A realização é conjunta com a Federação Europeia da Sociedade Teosófica e marca a presença e participação da sua presidente Trân-Thi-Kim-Diêu.
10 e 11 de Maio de 2008 na sede da STP


terça-feira, abril 22, 2008

Jean Michel Jarre - Concerto - Primeira Vez em Portugal



Jean Michel Jarre vai estar em Portugal, para realizar dois espectáculos nos Coliseus. Em Lisboa será no dia 25 de Abril e no Porto no dia 27 de Abril.
Esta é uma oportunidade única, de ver este pioneiro da música electrónica e embaixador da boa vontade das Nações Unidas, onde os seus concertos bateram, por várias vezes, recordes de assistência. Alguns contaram até com milhões de pessoas. Os seus discos já venderam mais de 80 milhões de exemplares.
Estes concertos estão inseridos nas comemorações dos 30 anos do lançamento do clássico e pioneiro album Oxygène, que já na altura, alertava para o efeito nefasto que o homem estava a produzir sobre o Planeta Terra.
A música é fantástica, colorida, uma autêntica poesia sonora que nos transporta para ambientes celestes, de ficção científica, de futuro, de agora, de Terra vista do Espaço...
Espera-se assistir a esta música futurista, tocada com sintetizadores do passado, máquinas maravilhosas que trilharam o imaginário dos mais vanguardistas e que continuam a inspirar compositores e engenheiros. A música inspira DJs, arquitectos, pintores, autores, etc...
Este álbum, que comemora 30 anos de existência já tem uma sequela, tocada com máquinas actuais, mas com características vintage. É, para o dia de hoje, Dia Internacional do Planeta Terra, um excelente contributo.
Não percam o concerto… se ainda houver bilhetes…
Podem visitar o site oficial em: Jean Michel Jarre
Para ver imagens dos concertos e outras acções veja o Blog do Jean Michel Jarre


sexta-feira, março 07, 2008

As Origens do Homem Moderno - contributo anti-racista





Introdução
Desde tempos imemoriais que o Homem tenta explicar a sua origem. Inicialmente e pela falta de conhecimento científico invocou aspectos míticos e religiosos para descrever a sua génese através do criacionismo. Mas foi Lamarck, que no século XIX, colocou o Homem na corrente evolutiva e posteriormente, Darwin formulou a teoria da origem africana. Avanços científicos e tecnológicos recentes, nas áreas da Biologia Evolutiva e Molecular e na área da Arqueologia, sugerem que a filogenia1 do homem moderno, Homo sapiens, surgiu na savana africana.

Modelos Sobre a Origem do Homem Moderno
Existam dois modelos que explicam a evolução do Homo sapiens a partir do Homo erectus: o modelo multirregional, centrado numa evolução simultânea em diversas zonas do globo, pela acção da selecção natural,2 a partir de uma sucessiva vaga de antepassados que saíram da África há mais de 1,5 milhões de anos; e o modelo Out of Africa que explica a origem comum da humanidade actual, através da microevolução3 de uma pequena e única população4 que existiu na savana africana cerca de 200 000 mil anos atrás e que posteriormente se teria espalhado e diversificado para outros continentes, suplantando as populações estabelecidas de Homo arcaicas. Este modelo Out of Africa é o mais consensual entre a comunidade científica devido a argumentos essencialmente genéticos.

Argumentos Favoráveis ao Modelo Out of Africa
A Arca de Noé, a Eva Negra, a hipótese da substituição, o modelo de origem única e a evolução africana recente, são designações que alguns autores utilizam para definir o modelo da evolução do Homem anatomicamente moderno Out of Africa. Este modelo traduz um evento de especiação,5 uma vez, que novas espécies, costumam surgir de pequenas e isoladas populações, capazes de manter e acentuar a diversidade genética.
As principiais evidências deste modelo são as seguintes:
O ADN mitocondrial6 é um modo de transmissão inteiramente maternal, logo, não recombina e não sofre mutações7 (ou as que sofre são facilmente detectadas). Para além disso, existe milhares de cópias de um determinado gene8 mitocondrial por célula, tornando o ADN mitocondrial um relógio molecular, um instrumento muito útil em determinadas situações, onde o tecido da amostra está muito velho, é muito pequeno ou foi degradado pelo calor e/ou humidade, tal como acontece com os fósseis. A análise da variação da composição molecular do ADN mitocondrial e suas mutações neutras sofridas em indivíduos africanos, asiáticos, europeus e ameríndeos, nomeadamente na região da D-loop9 determinam uma suposta origem de toda a linhagem humana moderna.
O cromossoma Y, pela sua herança paterna, também não recombina, excepto nas zonas I e II e por esse facto, é o segundo sistema genético mais utilizado no estudo da população humana. A análise da parte não recombinante do cromossoma Y nas populações actuais, também demonstra uma origem recente comum africana entre 100 000 a 200 000 anos.
Estudos que recolheram mais de um milhar de amostras de ADN cromossómico provenientes de 42 regiões geograficamente distintas, analisaram o locus10 CD411 do cromossoma 1212 donde concluíram que todas as populações, excepto as sub-Saharianas, apresentavam delecção13 do Alu14 e um único tipo de STRP15
Outro estudo actual de ADN nuclear realizado a populações geograficamente separadas permitiu chegar à conclusão de que existe maior diversidade genética no continente africano do que nos outros, para muitos loci16 nucleares, podendo assim, indiciar uma origem comum da humanidade moderna neste continente.
A hipótese Out of Africa e a explosão demográfica verificada nos últimos séculos explica a especificidade geográfica dos alelos17. São provavelmente mutações recentes que não tiveram tempo suficiente para se difundir pela população mundial.
A baixa diversidade genética humana é também o resultado de uma espécie jovem proveniente de uma pequena população original.
Os fósseis mais antigos conhecidos de Homo sapiens foram três crânios encontrados na Etiópia, em 1997, com cerca de 160 000 anos. O mais completo dos crânios mostra uma combinação de características humanas arcaicas, com modernos primitivos e actuais, fornecendo ainda, uma ligação entre os fósseis mais antigos de Homo sapiens de África e outros mais modernos na Palestina com cerca de 115 000 anos.

A Expansão do Homo sapiens
Foram identificadas cinco grandes grupos populacionais: negróide (africanos), caucasianos (europeus), mongolóides (asiáticos), ameríndios (americanos nativos) e australóides (australianos e papuanos). Dados genéticos e paleontológicos sugerem que estes grupos são o resultado de uma história complexa de migrações humanas e suas recombinações com as populações arcaicas, em conjugação com factores de deriva genética e selecção natural, que entraram em acção, desde que o Homo sapiens aumentou a sua população e se expandiu a partir de África. Inicialmente um grupo de humanos movimentou-se para o Noroeste Asiático através do Médio Oriente e instalou-se no Sudeste Asiático. Outro grupo dirigiu-se para a Índia e de seguida para o Sudeste Asiático, recombinando-se novamente. Parte desta população dirigiu-se para o Pacífico e Austrália, a outra parte, recombinou-se novamente eliminando os traços africanos em grande parte das populações. A Europa recebeu, desde o Paleolítico, várias ondas migratórias provenientes de leste. Já no Neolítico, os agricultores oriundos do Médio Oriente, do norte de Cáucaso e dos mares Negro e Cáspio e posteriormente, a partir da Grécia, levaram o seu material genético para a Europa, expandindo-se até à Península Ibérica. (Ver Anexo I)

Conclusão
Triesman (1995) colocou a hipótese de ter havido, numa pequena população africana, cerca de 200 000 anos atrás, uma mutação mitocondrial favorável, mas letal na presença de genes nucleares diferentes. Daqui surgiu um novo genótipo,18 que se difundiu dentro da população. Com o seu aumento progressivo, saiu de África, povoou novos continentes e modernizou as populações arcaicas nativas, através do seu fluxo génico19. Este gerou uma oposição à deriva genética20, com a introdução de novos polimorfismos21 nas populações e novas combinações de genes, onde a selecção natural pôde actuar. A hibridação22 possibilitou a continuidade local e contribuiu para as diferenças regionais da humanidade moderna, demonstradas nos fenótipos23 característicos de diversas populações, assim como, para a distinção de populações mais antigas e africanizadas de populações locais mais recentes. Os achados arqueológicos foram muito importantes para as evidências da evolução24 do Homo sapiens no fornecimento de pistas concretas sobre a evolução da nossa espécie (ver anexo II).
Depois deste fenómeno humano, à escala global, não houve um novo processo de especiação (pelo menos detectado ou sobrevivido até hoje), devido ao alto fluxo génico verificado, que reduz drasticamente os alelos favorecidos pelas condições locais, evitando assim, uma nova adaptação, como se verificou à 200 000 anos numa pequena população africana.
Os estudos genéticos tiveram um papel preponderante sobre as origens do Homem moderno e sua ancestralidade comum. Forneceram também, evidências profundas, de que as “raças”25 humanas eram biologicamente insignificantes e que a sua variação deve-se a factores de divergências progressivas desde a sua origem, através do isolamento geográfico e às taxas de diferenciação. Assim, uma visão ecotípica26 das diferenças genéticas e fenotípicas entre as populações é a mais correcta, pois não existe uma distinção filogenética, nem uma especiação incipiente nas “raças” humanas. Por esse motivo, não será correcto falar de “raças” humanas às diferenças fenotípicas entre as populações.
Todos os humanos modernos partilham um antepassado comum recente e as diferenças observadas actualmente entre povos são o resultado dos últimos milhares de anos de história.
Tal como toda a vida na Terra tem um ancestral comum, também a história da evolução do Homem moderno evidencia uma população ancestral comum a toda a humanidade actual.

Bibliografia
NICOLAU, P. B.; AZEITEIRO, U. M. (2001) Introdução à Biologia, Universidade Aberta, Lisboa.
LAGUARDIA, J (2005) Raça, evolução humana e as (in)certezas da genética, Antropo, 9, 13-27., Rio de Janeiro, Disponível em: http://www.didac.ehu.es/antropo/9/9-2/Laguardia.htm (Visitado em 9 de Dezembro de 2007).
VALVA, F.; DINIZ-FILHO, J.; (Dezembro de 2003) A Trajectória Humana, Canindé -Revista do Museu de Arqueologia de Xingó, 3, 59-83., Xingó, Disponível em: http://max.org.br/biblioteca/Revista/Caninde-03/Valva-DinizFilho.pdf (Visitado em 9 de Dezembro de 2007).
PÉREZ, A.; CARDOSO, M.; FONTES, M.; ALVES, P. DNA mitocondrial na Antropologia, Disponível em:
http:/
/medicina.med.up.pt/bcm/trabalhos/200/DNA_mitocondrial_
antropologia_principal.ppt

(Visitado em 10 de Dezembro de 2007).
WIKIPEDIA, Portal da Biologia, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
(Visitado em 10 e 12 de Dezembro de 2007)
LOUREIRO, E (2005) História da Europa, das Conquistas e do Avanço Tecnológico: uma Perspectiva Bio-geográfica da História da Humanidade, Res-Publica - Revista Lusófona de Ciência Política e Relações Internacionais, 1, 89-96, Universidade de Coimbra e Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Disponível em:
http://respublica.ulusofona.pt/historia_da_europa.pdf (Visitado em 12 de Dezembro de 2007)
SANTOS, Â., (Outubro 2005) Seminário DNA Mitocondrial, Universidade Federal do Pará, Disponível em: http://www.seguranca.mt.gov.br/politec/3c/artigos/
dna_mitocondrial.doc
(Visitado em 13 de Dezembro de 2007).

Glossário e Conceitos
1 Filogenia - a história da evolução de uma determinada espécie ou grupo de espécies relacionadas.
2 Selecção Natural – processo de evolução proposto por Darwin e aceite pela comunidade científica. É a fonte da Diversidade Biológica. É um meio que leva a adaptação dos seres vivos a determinado ambiente, à evolução da vida e ao aparecimento de novas espécies.
3 Microevolução – fraccionamento de uma espécie em duas espécies filhas semelhantes.
4 População - grupo de indivíduos pertencentes à mesma espécie e que partilham o mesmo local ao mesmo tempo.
5 Especiação - relacionada com factos do processo evolutivo responsáveis pela formação de uma nova espécie.
6 ADN mitocondrial - uma “espécie de segundo” genoma que a célula tem no organelo mitocôndria é muito mais simples que o ADN nuclear. É constituído por uma cadeia dupla circular (cadeia pesada H e a cadeia leve L). hereditariamente só tem origem materna.
7 Mutações – mudança genética num organismo que comporta alterações dos genes individuais do ADN, o desvio na estrutura ou no número de cromossomas. As mutações são importantes para a formação de novo material genético que permite a evolução.
8 Gene – segmento de um cromossoma que contem a informação específica para produzir determina proteína ou uma característica fenotípica.
9 D-loop – região gerada pela síntese de um segmento curto da cadeia pesada H denominado 7SDNA, onde se encontra a origem da replicação da cadeia H. Esta região ADN mitocondrial é muito importante do para estudos forenses e bio-geográficos, porque não combina com nenhum gene. Só pode variar com poucas limitações relacionadas com factores de tamanho, peso e luz.
A replicação do D-loop é um processo que as mitocôndrias e os cloroplastos replicam o seu material genético.
10 Loccus – a localização de um gene nos cromossomas.
11 CD4 – é um co-receptor de células protectoras do tipo T presentes na pele e em mucosas.
12 Cromossoma 12 – um dos 23 pares de cromossomas constituintes do genótipo humano.
13 Delecção – perda de um segmento de um cromossoma. Perda de sequências nucleotídicas pelo genoma de um indivíduo.
14 Alu – pseudogenes ou repetições dos genes no ADN
15 STRP (Small Tandem Repeats Polymorphism).
16 Loci - plural de loccus, localizações especificas nos cromossomas.
17 Alelos - formas alternativas do par de gene que ocupa um determinado loccus num cromossoma e condiciona uma determinada característica fenotípica do individuo.
18 Genótipo – conjunto de genes de um indivíduo. Informação genética presente num par de alelos para cada gene. O genótipo condiciona os fenótipos de cada ser.
19 Fluxo génico – migração, transferência de genes de uma determinada população para uma outra.
20 Deriva genética – as divisões das populações em pequenos grupos isolados reprodutiva-mente entre si actuam, junto com a selecção natural, actuam evolutivamente modificando as características das espécies ao longo do tempo.
21 Polimorfismo – existência de várias formas dentro da mesma espécie.
22 Híbrido – procriado por duas espécies distintas.
23 Fenótipo – caracteriza o indivíduo na sua aparência física e é determinado pelo genótipo. São características de cada ser, como por exemplo, a sua estatura, cor da pele, olhos, etc., são provenientes dos genótipos.
24 Evidências da evolução – São três os principais argumentos: evidências observáveis, abundantes e directas; as imperfeições da natureza revelam Evolução e as transições são relatadas pelo registo fóssil.
25 Raça – o termo raça implica a organização de grupos claramente separados uns dos outros. Dentro da nossa espécie não existe tais grupos.
26 Ecotípos – grupos geneticamente diferenciados e adaptados a um determinado meio ambiente, mas não constituem unidades filogenéticas distintas, mas sim, entidades ecológico-funcionais que se caracterizam por uma diferenciação em diversos graus.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

A unidade biológica subjacente em toda a vida

Introdução
A unidade da vida é um tema que tem suscitado em mim, imensas questões de cariz científico e filosófico, e terá sido mesmo, o elemento preponderante que me levou a enveredar por esta Licenciatura em Ciências do Ambiente.
A Biologia faculta-nos imensas hipóteses e provas científicas, que vão ao encontro deste maravilhoso princípio que é a unidade intrínseca em toda a vida. Irei portanto, abordar, no âmbito desta Unidade Curricular, os argumentos que sustém o tema escolhido.

A vida não permite uma definição simples, na medida, em que a vida não pode ser definida por um critério único. No entanto, a palavra vida é normalmente usada para definir uma variedade de propriedades e processos naturais comuns a todos os seres vivos, tais como: serem constituídos por células, terem estruturas complexas e altamente organizadas, possuírem a capacidade de desenvolver uma grande variedade de actividades, receberem e transformarem energia do ambiente, descartarem produtos residuais, executarem uma grande diversidade de reacções químicas, encerrarem qualidades de entropia e homeostáticas relativamente a variáveis do meio envolvente, reagirem a estímulos, adaptarem-se, reproduzirem-se, nascerem, crescerem e morrerem.
A unidade biológica da vida manifesta-se sobre diferentes aspectos:
1. A nível celular – Todos os seres vivos têm na sua constituição fundamental a célula. Ela é a unidade básica de estrutura e função de todos os organismos. É a unidade de reprodução, desenvolvimento e de hereditariedade. Em alguns seres, a célula constitui o próprio indivíduo. Noutros, as células agregam-se em colónias unicelulares ou em tecidos multicelulares capazes de formarem órgãos, que executam uma determinada função num organismo complexo, como por exemplo, o nosso corpo.
2. A nível molecular – Todas as células possuem basicamente o mesmo tipo de elementos químicos. Os inorgânicos como a água e os sais minerais; e os orgânicos, que desempenham funções: estrutural ou plástica, energética, enzimática ou reguladora, de armazenamento e transferência de informação; são os polímeros: polissacáridos, lípidos, proteínas e os ácidos nucleicos. São estas últimas macromoléculas, os ácidos nucleicos, DNA e RNA, que encerram e transmitem a informação genética.
A molécula de DNA contém, similarmente à célula, uma organização e um funcionamento universal em todos os seres vivos. A enorme diversidade da molécula de DNA é responsável pela enorme diversidade da vida, na medida, em que cada organismo contém o seu próprio DNA, que o torna único perante os outros.
Ainda no âmbito molecular, a adenosina tri-fosfato, ATP, é a molécula que armazena a energia utilizada pela célula, em diversos processos biológicos, porque a energia luminosa e a energia química dos compostos orgânicos, não podem ser utilizadas directamente pela célula.
3. Na origem da vida – Actualmente não existe consenso quanto às etapas do aparecimento da vida na Terra. No entanto, sabemos que ela surgiu como organismos unicelulares, entre 3,9 mil milhões e 3,8 mil milhões de anos a partir de moléculas orgânicas pré-bióticas.
4. Na evolução da vida – Os primeiros microrganismos muito primitivos, são o ancestral universal de toda a vida que existe e existiu no planeta. Ela apareceu nos oceanos primitivos, evoluiu para formas mais complexas, multiplicou-se, adaptou-se a novos ambientes, através da alteração do fundo genético, resultado da selecção natural, e chegou até nós, seres que desenvolveram capacidades cognitivas.
5. Nas relações tróficas – Cadeias alimentares, onde se verificam transferências de energia e de matéria entre os diferentes níveis tróficos. Os produtores fotossintéticos e quimiossintéticos sintetizam a matéria orgânica a partir da mineral, utilizando respectivamente energia solar luminosa e energia química. Os consumidores, incapazes de produzirem a sua própria energia, alimentam-se de outros organismos. Por sua vez, os decompositores degradam a matéria orgânica proveniente de cadáveres e excrementos dos seres vivos, libertando as substâncias minerais novamente para a geosfera.
6. Nos níveis de organização da vida – Existe uma organização espantosa na vida, em níveis de complexidade crescente que vão das partículas subatómicas à biosfera.
7. Na natureza cíclica da vida – Sequência de acontecimentos que ocorrem durante a vida de um organismo, desde que se forma até à produção da sua própria descendência. A nível celular, a interfase e a fase mitótica exemplificam bem esse fenómeno. A alternância de fases nucleares é outro ciclo, dos muitos que existem a nível biológico, como por exemplo, o da respiração, o da alimentação, o da circulação do sangue, etc.
Conclusão
Todos os seres vivos estão ligados entre si, por princípios de função, de estrutura, de origem, de evolução, de organização, de trocas de materiais e energia e por ciclos naturais. Esta unidade fundamental subjacente na enorme diversidade da vida está encerrada em cada célula, em cada DNA, onde as suas principais características são a universalidade e a variabilidade.
Bibliografia
NICOLAU, P. B.; AZEITEIRO, U. M. (2001) Introdução à Biologia, Universidade Aberta, Lisboa.
SILVA, A. D.; GRAMAXO, F.; SANTOS, M. E.; MESQUITA, A. F.; BALDAIA, L.; FÉLIX, J. M. (2006) Terra, Universo de Vida – 1ª Parte, Biologia, Porto Editora, Porto.
WIKIPEDIA, (Visitado em: 03 de Novembro de 2007), portal da Biologia, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia.