quarta-feira, março 31, 2010

Ecologia Profunda de Arne Naess


Os sete princípios da ecologia profunda numa fase
inicial:
1. O eu relacional – os organismos são os nós de uma rede biosférica
de relações intrínsecas (a relação de A e B faz parte da definição
de A e B)
2. Igualdade biosférica (em princípio) – entre os vários elementos da
biosfera, em princípio porque a igualdade não se pode interpretar
literalmente uma vez que na prática são sempre necessárias
algumas acções de exploração ou morte
3. Diversidade e simbiose
4. Postura anti-classe – os princípios acima mencionados deverão ser
alargados ao âmbito intra-humano, e também a países
desenvolvidos e em vias de desenvolvimento
5. Luta contra a poluição e a depleção de recursos
6. Complexidade (a não confundir com complicação) – privilegia por
um lado a noção de complexidade dos sistemas quer naturais, quer
humanos e a consequente necessidade de visões humildes na
compreensão da biosfera e seus processos, e por outro dos
processos humanos nos quais divisão de trabalho e investigação
fragmentada, dificultam uma visão de futuro.
7. Autonomia local e descentralização

sexta-feira, março 26, 2010

TANGERINE DREAM ONTEM EM LISBOA


Foi um concerto inesquecível!
Foram três horas de pura magia sonora e visual, onde sons clássicos misturaram-se com electrónica e rock progressivo, projecção de vídeo e luz. Uma viagem ao seu passado e presente, iniciada com um autêntico conto de fadas, num quarteto de violoncelos, um piano de cauda e com uma bela princesa “luminosa”. O corte com a clássica foi abrupto. A destruição da “velha” harmonia deu origem a uma nova vibração cósmica, de sons e esculturas sonoras, ora suaves, ora intensas. No entanto, o ciclo passou novamente pela clássica com Gymnopédies de Satie, misturada com sons da urbe contemporânea. Os clássicos dos Tangerine Dream passaram durante todo o espectáculo com novos arranjos e, de vez em quando, foram introduzidos momentos novos de beleza complexa. O saxofone e flauta da linda Linda Spa deram um toque bem humano às “maquinas”. Bernhard Beibl ofereceu bons solos de guitarra e introduziu bem o violino eléctrico no espectáculo. No encore, a Iris Camaa presenteou-nos com a sua bela voz, após uma longa e energética jornada aos comandos da bateria e da percussão. Thorsten Quaeschning foi o braço direito de Edgar Froese e arrecadou os solos sintetizados que outrora pertenciam a Baumann, Franke, Schmoelling e Haslinger. Froese mostrou toda a Sabedoria musical e intuitiva que fez deste grupo um marco histórico da música instrumental contemporânea e “electrónica clássica”, que ao longo destes 42 (ou 43) anos criou e inovou constantemente, inspirando outros músicos, artistas plásticos, arquitectos e escritores. Tangerine Dream trouxe ao mundo novos caminhos musicais, que abrilhantam a banda sonora original da vida de cada um de nós.
Obrigado Tangerine Dream!

Fotos: Jorge Moreira.

segunda-feira, março 22, 2010

Tangerine Dream em Lisboa na próxima quinta-feira



TANGERINE DREAM
25 de Março – 21H30 (abertura de portas às 20H30 )

Os Tangerine Dream são uma banda de Berlim, formada em 1967 por Edgar Froese.
Tornaram-se conhecidos como pioneiros de uma nova música instrumental e introduziram novos sons, efeitos sonoros e novas técnicas de produção. Passados estes anos, Edgar Froese continua provocador, inovador e único no seu universo musical.
Com mais de 107 álbuns editados, destacam-se alguns nomes como "Zeit", "Atem", "Phaedra", "Stratofear", "Cyclone" (o único com vozes), "Force Majeure", "Hyperborea", "Optical Race" e "Mars Polaris", entre muitos.
A banda nomeada sete vezes para os Grammy, é um fenómeno único, que dificilmente encaixa numa determinada categoria musical. Utiliza tecnologia de ponta e ao mesmo tempo está envolvida por uma forte identidade rock&roll. Muitos tentaram copiar, sem sucesso, o que se tornou conhecido como o som dos Tangerine Dream.
Ao longo dos anos, sempre tiveram os seus pequenos segredos; na forma como criam as suas bases musicais e como estas se interligam, formando uma indescritível experiência musical, conseguindo assim estar sempre à frente de qualquer movimento. Durante muitos anos, os Tangerine Dream tiveram uma carreira paralela, criando bandas sonoras para produções cinematográficas em Hollywood.
Muitos artistas, de diversas áreas como pintores, escritores, actores, dançarinos, arquitectos e fotógrafos, têm homenageado os TD ao realizarem trabalhos famosos inspirados pela sua música.
A fama dos Tangerine Dream no mundo da música, a sua vasta experiência e profissionalismo, as suas inesquecíveis actuações ao vivo, assim como os seus tops de vendas, dão-lhes a liberdade de poderem trabalhar de forma independente. Desta forma mantêm e desenvolvem a sua imagem de marca, a sua originalidade.

In Coliseu de Lisboa
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segunda-feira, março 08, 2010

A Necessidade de Altruísmo - Conferência de Matthieu Ricard no Porto


Matthieu Ricard, o conhecido monge budista francês, estará no Porto para dar uma Conferência Pública, no dia 8 de Março a convite da C.A.S.A. (Centro de Apoio ao Sem Abrigo). A conferência terá o título “A Necessidade de Altruísmo” e terá lugar na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda.

Data: 8 de Março de 2010 às 18h30
Local: Fundação Dr. António Cupertino Miranda, Av. da Boavista, 4245, 4100-140 Porto
Preço: 15 € / estudante: 10 €
O valor angariado reverte a favor da instituição CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo

Mais informações:

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CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo
Morada: Rua Álvaro Castelões, 229, 3º
4450-041 Matosinhos
tel.: 22 937 84 46 tlm.: 91 777 21 57 / 91 493 59 07
email: casa.apoioaosemabrigo.porto@gmail.com

 

Sobre Matthieu Ricard
Matthieu Ricard é um monge budista francês, fotógrafo e autor. Vive e trabalha no mosteiro Shechen Tennyi Dargyeling no Nepal, Himalaias, há quarenta anos.
Nascido em França em 1946, filho do conhecido filósofo francês Jean-François Revel, cresceu no seio das ideias e personalidades dos círculos intelectuais franceses. Viajou para a Índia em 1967.
Doutorado em genética molecular no Instituto Pasteur de Paris em 1972, decidiu abandonar a sua carreira científica e concentrar-se na prática do budismo tibetano. Estudou com Kangyur Rinpoche e alguns outros grandes mestres dessa tradição e tornou-se estudante próximo e auxiliar de Dilgo Khyentse Rinpoche, até ao seu falecimento em 1991. Desde então, tem dedicado a sua actividade à realização da visão de Dilgo Khyentse Rinpoche.
As fotografias de Matthieu Ricard de mestres espirituais, das paisagens e das pessoas dos Himalaias têm aparecido em inúmeros livros e revistas. Henri Cartier-Bresson disse do seu trabalho, ”a vida espiritual de Matthieu e a sua câmera são um só, donde brotam estas imagens, fugazes e eternas“.
Ele é o autor e fotógrafo de “Tibet, An Inner Journey” e “Monk Dancers of Tibet” e, em colaboração, os fotolivros “Buddhist Himalayas”, “Journey to Enlightenment” e recentemente “Motionless Journey: From a Hermitage in the Himalayas”. Matthieu Ricard é o tradutor de diversos textos budistas, incluindo “The Life of Shabkar”.
O diálogo com seu pai, Jean-François Revel, em “O Monge e o Filósofo”, foi um best-seller na Europa e foi traduzido para 21 idiomas, e “The Quantum and the Lotus” (em co-autoria com Trinh Xuan Thuan) refletem o seu interesse de longa data pela Ciência e o Budismo.
No seu livro de 2003 “Plaidoyer pour le Bonheur” (publicado em Inglês em 2006, como “Happiness: A Guide to Developing Life’s Most Important Skill”) explora o significado e plenitude da felicidade e foi um grande best-seller em França.
Matthieu Ricard foi apelidado de “a pessoa mais feliz do mundo” pelos media depois de ser voluntário para um estudo realizado na Universidade de Wisconsin-Madison sobre a felicidade, posicionando-se significativamente acima da média obtida após os testes de centenas de outros voluntários.
Membro do conselho do “Mind and Life Institute”, que é dedicado a encontros e pesquisa em colaboração entre cientistas e estudiosos budistas e praticantes de meditação, as suas contribuições foram publicadas em “Destructive Emotions” (editado por Daniel Goleman) e noutros livros de ensaios. Matthieu Ricard está também profundamente envolvido na investigação sobre o efeito do treino da mente sobre o cérebro, nas Universidades de Wisconsin-Madison, Princeton e Berkeley.
Matthieu Ricard foi condecorado com título de Cavaleiro da “Ordre National du Mérite” pelo presidente francês François Mitterrand pelos seus projetos humanitários e pelos seus esforços para preservar o património cultural dos Himalaias.
Ns últimos anos tem dedicado os seus esforços e doa todos os proventos do seu trabalho em favor the trinta projetos humanitários na Ásia, que incluem a manutenção e construção de clínicas, escolas e orfanatos na região: www.karuna-shechen.org
Desde 1989, actua como intérprete de Francês para S. S. o Dalai Lama.


(N.T.: Karuna significa “compaixão” em sânscrito)