sexta-feira, março 26, 2010

TANGERINE DREAM ONTEM EM LISBOA


Foi um concerto inesquecível!
Foram três horas de pura magia sonora e visual, onde sons clássicos misturaram-se com electrónica e rock progressivo, projecção de vídeo e luz. Uma viagem ao seu passado e presente, iniciada com um autêntico conto de fadas, num quarteto de violoncelos, um piano de cauda e com uma bela princesa “luminosa”. O corte com a clássica foi abrupto. A destruição da “velha” harmonia deu origem a uma nova vibração cósmica, de sons e esculturas sonoras, ora suaves, ora intensas. No entanto, o ciclo passou novamente pela clássica com Gymnopédies de Satie, misturada com sons da urbe contemporânea. Os clássicos dos Tangerine Dream passaram durante todo o espectáculo com novos arranjos e, de vez em quando, foram introduzidos momentos novos de beleza complexa. O saxofone e flauta da linda Linda Spa deram um toque bem humano às “maquinas”. Bernhard Beibl ofereceu bons solos de guitarra e introduziu bem o violino eléctrico no espectáculo. No encore, a Iris Camaa presenteou-nos com a sua bela voz, após uma longa e energética jornada aos comandos da bateria e da percussão. Thorsten Quaeschning foi o braço direito de Edgar Froese e arrecadou os solos sintetizados que outrora pertenciam a Baumann, Franke, Schmoelling e Haslinger. Froese mostrou toda a Sabedoria musical e intuitiva que fez deste grupo um marco histórico da música instrumental contemporânea e “electrónica clássica”, que ao longo destes 42 (ou 43) anos criou e inovou constantemente, inspirando outros músicos, artistas plásticos, arquitectos e escritores. Tangerine Dream trouxe ao mundo novos caminhos musicais, que abrilhantam a banda sonora original da vida de cada um de nós.
Obrigado Tangerine Dream!

Fotos: Jorge Moreira.

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