Desejo a todos um 2007 com:
Um Equilíbrio perfeito,
E uma Simpatia irradiante.
Um Amor Cristalino,
E uma Alegria contagiante.
Uma Pureza imaculada,
E uma Perseverança robusta.
Uma Coragem inabalável,
E uma Harmonia absoluta.
Uma Humildade intacta,
E uma Rectidão imortalizada.
Uma Compaixão global,
E a Verdade sempre preservada.
Paz a Todos os Seres!
Jorge Moreira, Dezembro de 2006
Este Blog destina-se a apresentar uma Reflexão pessoal sobre a Vida e a partilha dessa mesma Reflexão.
domingo, dezembro 31, 2006
domingo, dezembro 24, 2006
FELIZ NATAL
quarta-feira, agosto 02, 2006
Estátuas Vivas
Queridos Amigos e Amigas,
Obrigado pelo vosso Carinho...
Embora lentamente, já estou a voltar à normalidade...
Visitarei em breve os vossos blogs.
Deixo-vos um texto da minha autoria publicado no Triplov e que foi apresentado no VI Colóquio Internacional de "Discursos e Práticas Alquímicas".
Clica no título e lê.
Boas Férias!
Beijinhos e Abraços a todos,
Estátuas vivas
“A natureza é um templo onde colunas vivas
Deixam por vezes sair confusas palavras;
O Homem passa por lá através de florestas de símbolos
Que o observam com olhares familiares.”
Charles Baudelaire
I - Tradição
Nas tradições antigas, o Jardim representava a natureza e era considerado sagrado desde os tempos pré-históricos, onde servia de meio entre o homem e a divindade e recreava o paraíso.
Para muitos povos, culturas e religiões o jardim tem sido um símbolo cósmico. Uma imagem do processo de congregação de energias latentes necessárias ao aperfeiçoamento da vida espiritual. Pode-se dizer que, embora naturais, foram locais onde os Grandes Iniciados atingiram a sua Iluminação e muitos Jardins espalhados pelo mundo retractam bem esse Percurso.
O jardim está intimamente ligado à evolução da vida pela harmonia que produz, pela unidade na diversidade, pela beleza que resplandece e pela ordem no caos. Um espaço que representa a Natureza é como uma espécie de bálsamo para o bem-estar da mente.
Ao Homem, ele forneceu os primeiros materiais de construção, influenciou a arquitectura que permitiu a edificação das mais belas Catedrais, com fustes de pedra, arcos unidos como ramos, vitrais que filtram a luz, etc.
O seu simbolismo é profundo e aparece muitas vezes associado ao da árvore cósmica que se ergue no centro do universo, cujas raízes se encontram envoltas pelas trevas, o tronco a elevar-se através da Terra e os ramos a penetrarem o domínio Celeste. Uma espécie de Árvore Sephirotal que representa o Universo ou uma flor de lótus, que se alimenta do lodo para se transformar numa flor maravilhosa e dirigir todo o seu esplendor ao Astro Rei. Analogamente, o homem retira das experiências vividas o elixir que lhe permite crescer em Sabedoria, Força e Beleza, capaz de desbravar as suas imperfeições e se transmutar num ser espiritualmente evoluído, num verdadeiro Mestre Iluminado, que labora ao progresso da Humanidade e segundo o Plano do Grande Arquitecto do Universo. Um modelo vivo do desabrochar ordenado e evolutivo da Matéria para o Espírito. A Vida como um Athanor Alquímico.
Os Rituais de Iniciação das Escolas Iniciáticas, portadoras dos Grandes Mistérios, focam e induzem o neófito nesse trajecto humano. Por isso, vemos muitos jardins ocidentais, com a simbólica característica dos três estágios, das três viagens, a subterrânea, a terrestre e a Celeste, o “mergulho” nos elementos da natureza e a invocação de Forças e Potências correspondentes.
II - As Pedras
A incorporação das pedras num jardim Iniciático é muito importante. Encontramos exemplos que vão desde os Druidas ao Zen, passando pelas Escolas Iniciáticas.
Para o Budismo que vê as pedras possuírem vida espiritual, tal como as plantas e os animais, elas convertem-se num dos elementos mais importantes do jardim Zen.
Dado que o simbolismo é algo incorpóreo, existe a intenção de o expressar através das artes. Por exemplo, no Zen, o monge desenha e constrói o jardim com a introdução e disposição de pedras, um meio pessoal de expressão espiritual através da simplicidade, cuja finalidade é alcançar a essência das coisas, um incentivo ao estudo, à compreensão e à meditação sobre si mesmo e sobre o universo.
Os desenhos de ondas, que o monge vai aperfeiçoando sobre a areia branca são como uma espécie de capacidade de controlo sobre a energia induzida por si próprio e simbolizam os ciclos da natureza em tudo o que existe no Cosmos. A vida cíclica que se prolonga e regenera permanentemente, sugerindo a imortalidade, a fecundidade e a felicidade.
Os Cristais utilizados na electrónica, na joalharia e na cura energética são bons exemplos que explicam a importância e o poder que os minerais têm na nossa vida quotidiana.
Tal como um Mestre escultor que vê a obra-prima dentro de uma pedra bruta, um Maçon que especula sobre o seu simbolismo, também o Ocultista “vê” a Essência que a Anima e a função que a pedra desempenha no Universo.
Pedra bruta
Deram-te um malho e um cinzel
E a pedra para trabalhares
Tão imperfeita, pesada, feia que era,
Levarás uma eternidade para a desbravares
Ao terceiro golpe soltou-se uma saliência.
Seria o orgulho? Talvez!
Quem sabe se não era a intolerância!
Ás vezes a força era desmedida,
A direcção incorrecta,
Reapareciam novas imperfeições
E o desespero batia-te à porta.
No entanto o Mestre observava.
Pouco a pouco ensinou-te
A manuseares as alfaias
E o resultado encorajou-te.
Conseguiste aplanar uma face,
Ainda te faltam mais cinco perpendiculares.
Deves conter as paixões,
Para poderes um dia lá morar.
Jorge Moreira.
III - Os Espíritos da Natureza
Existe uma Sabedoria Antiga que fala de padrões diferentes de vibração da matéria, Dimensões ou Planos existenciais, impossíveis de detectar por qualquer meio físico, devido à sua subtileza. Talvez seja os 90% da matéria escura que controla os 10% da matéria perceptível de que os Astrofísicos falam. Alguma dessa matéria é tão subtil, que os sentimentos, as emoções ou os pensamentos bastam para afectá-la. É por isso que dizem que os sentimentos ou os pensamentos são Forças vivas.
Os Rituais, os mantras e as orações têm como finalidade laborar nesses Planos.
Existem histórias que podemos encontrar em qualquer parte do mundo, fenómenos de percepção extra-sensorial, que algumas pessoas tenham experimentado e que falam da existência de seres, de um “povo miúdo”, de anjos, de Devas, de espíritos da Natureza etc.
“Estamos sós no Universo?” É uma questão que o realizador francês Jean Michel Roux, inicialmente muito céptico nestas questões, tentou desvendar. As palavras que se encontram na introdução ao seu filme de culto “Enquête sur le Monde Invisible”, explicam a origem das investigações que realizou, sobre os Reinos Invisíveis da Islândia: “Em 1990 fui à Islândia procurar locais para um projecto de um filme de ficção científica. Descobri naquela altura que a maioria da população acreditava na existência de elfos, algumas pessoas diziam que encontraram «trolls» gigantes de 20 metros de altura que escalavam montanhas e vales. Estavam essas pessoas doidas? Ou mantinham um relacionamento com as forças da natureza que nós, no continente Europeu perdemos? A sinceridade dessas pessoas perturbou-me…”
Mais à frente, o realizador coloca uma questão muito obsessiva para ele: “Esses seres vivos estão à minha volta e eu não os consigo ver?”
No fim termina com a seguinte citação “O mundo invisível é invisível porque só usamos os nossos olhos”.
A “Doutrina Secreta” de H. P. Blavatsky fala-nos de uma evolução paralela e combinada dos Devas em relação à Humanidade. As entidades mais primitivas, como os minerais, os vegetais e os animais, são os seres da Natureza, como os Devas, e entidades menores por Eles dirigidos, que indicam o caminho a seguir no crescimento e desenvolvimento dessas entidades primitivas, em formas mais belas, sensíveis e perfeitas. A Humanidade como entidade já individualizada, madura e no franco desenvolvimento das suas capacidades interiores, passa também ela a dirigir as actividades da Natureza. A jardinagem, a agricultura e a genética são alguns exemplos de uma estreita ligação do Homem com os Agentes da Natureza. Claro que a Ética é a Luz que ilumina o Homem e indica o caminho a seguir, segundo o Plano Maior, quando se trata da manipulação da Natureza pelo Homem, através da genética.
E. L. Gardner na introdução ao livro “O Reino dos Devas e dos Espíritos da Natureza” de Geoffrey Hodson diz-nos o seguinte: “O Ocultista não vê matéria morta em parte alguma. Toda a rocha palpita com vida, toda a pedra preciosa possui a sua respectiva consciência, por minúscula que seja. A relva e as árvores pulsam ao contacto de pequeninos agentes, cujos corpos magnetizados actuam como a matriz a partir da qual se tornam possíveis os milagres do crescimento e da coloração.”
No Reino dos Devas existe uma enorme variedade de formas, que são divididas pela tradição em quatro grupos, conforme o elemento em que actuam. Os espíritos da terra, onde gnomos, duendes, fadas, elfos, etc. são alguns exemplos; os da água como as ondinas; os do ar, os silfos e por fim os espíritos do fogo, as salamandras.
Muitos estudantes da Filosofia Oculta invocam regularmente esses seres em seu auxílio nas curas e cerimónias num Templo Maçónico ou de alguma Religião. Invocam também, através de preces e meditações, força, bênção e paz que irradiam sobre o mundo.
Qualquer pessoa mais sensível que trate de plantas, num jardim ou numa horta, apercebe-se de influências magnéticas invisíveis, de seres e energias que actuam no crescimento e na beleza do espaço e na “Aura” que o conjunto irradia.
Enquanto a Humanidade tem como centro de consciência as faculdades mentais como a razão, os espíritos da Natureza têm o seu centro na Intuição. É por isso que alguns seres da Natureza, mesmo com uma consciência muito primitiva e limitada, comparada a um animal, têm uma obediência espontânea aos demais membros do seu próprio Reino, que ocupam uma posição mais elevada na Hierarquia Cósmica e, por conseguinte, uma maior consciência do Plano do Logos. Assim, também as Escolas Iniciáticas conhecem e representam esta mesma Hierarquia, praticando um Cerimonial à Gloria do Grande Arquitecto, com a participação e colaboração fraterna e amistosa dos anjos, que são evocados pelas palavras, sinais, passos, sons, luzes e símbolos do Ritual. Este é o verdadeiro poder do Cerimonial, a utilização dos Devas e elementais dos respectivos elementos, na Construção e Consagração do Templo espiritual e na Iniciação numa Escola dos Mistérios.
Muitos Jardins Iniciáticos têm normalmente um percurso simbólico que vai desde a descida ao inferno, figurado pela caverna, pelo poço ou pelo túnel, etc. até ao céu, representado por uma torre ou um miradouro. É o tomar de consciência da nossa natureza inferior, a fimde dominá-la, “contendo as paixões”, “deixando os metais à porta do Templo” ou “talhar as imperfeições da Pedra Bruta”, para tornarmo-nos mais perfeitos, a fim de cada vez mais podermos ser um Instrumento de Construção da Grande Catedral Cósmica. Mas também é o mergulhar noutros Planos Invisíveis da Natureza, e aprender a trabalhar, de uma forma segura, com os outros seres que existem nesses Planos. Por isso o domínio das emoções, “o conter as paixões”, é, sem dúvida, o primeiro passo a dar para todo aquele que inicia o percurso Maior.
IV - Esculturas Vivas
O Jardim deve ter sempre uma atenção permanente, que vai desde a preparação do solo, a escolha de boas sementes, a eliminação das ervas daninhas, o regar constante das “novidades”, etc. Exactamente da mesma forma, os homens que tencionam progredir nos mais variados campos do conhecimento, que vão desde a ciência à arte, mas especialmente aqueles que querem transmutar esse conhecimento adquirido em Sabedoria, Iniciando assim a sua Caminhada Iniciática e Espiritual, devem cuidar constantemente do seu Jardim Interior, separando o “trigo do Joio”, utilizando o discernimento, o desapego, a ética e o amor, de forma a que esse jardim possa vir a florir com todo o seu esplendor e beleza.
Os Jardins Iniciáticos são locais telúricos naturais ou espaços espirituais projectados pelo homem, com uma estética sofisticada de evocação e celebração da Natureza, onde se verificam uma interacção de seres e energias existentes em estados diferenciados da matéria, sob a égide dos elementos e onde todos os seres deverão ter uma função de entreajuda a desempenhar no plano evolutivo. Uma verdadeira Fraternidade entre Anjos e Homens. Uma Irmandade que alia os diversos Reinos da Natureza, para formarem um Templo vivo, capaz de influenciar todos os seres que o constituem, os neófitos, que sobre rituais próprios de evocação venham a iniciar a sua Caminhada espiritual e ser uma verdadeira Luz de bem-estar que irradia muito para além dos seus limites físicos.
Os Jardins Iniciáticos devem induzir uma percepção do cosmos mais profunda e sentida. São como verdadeiras Estátuas Vivas, extensíveis a Planos mais elevados da Existência, onde a Natureza do Jardineiro Mestre se funde com a Natureza Cósmica, para esculpir a Beleza da forma e da cor, a Força do simbolismo e a Sabedoria Perene.
Tenho dito.'.
24 de Junho de 2006
Jorge Moreira.'.
BIBLIOGRAFIA
Blavatsky, Helena Petrovna, “Doutrina Secreta”, Pensamento.
Blavatsky, Helena Petrovna, “Glossário Teosófico”, Ground.
Hodson, Geoffrey, “ O Reino dos Devas e dos Espíritos da Natureza”, Pensamento.
Hodson, Geoffrey, “O Reino das Fadas”, The Theosophical Publishing House (Londres).
Fischesser, Bernard,“Conhecer as Árvores”, Europa-América.
Nosé, Michiko Rico e Freeman, Michael: “El Jardín Japonés Moderno”, Ediciones Gamma.
Leadbeater, C. W., “A Vida Oculta na Maçonaria”, Pensamento.
Reeves, Hubert, “Malicorne – Reflexões de um observador da Natureza”, Gradiva.
Powell, Arthur E. “O Sistema Solar”, Pensamento.
Burnier, Radha, “Regeneração Humana”, Editora Teosófica.
Roux, Jean Michel, “Enquête sur le Monde Invisible”, Filme versão em DVD.
Obrigado pelo vosso Carinho...
Embora lentamente, já estou a voltar à normalidade...
Visitarei em breve os vossos blogs.
Deixo-vos um texto da minha autoria publicado no Triplov e que foi apresentado no VI Colóquio Internacional de "Discursos e Práticas Alquímicas".
Clica no título e lê.
Boas Férias!
Beijinhos e Abraços a todos,
Estátuas vivas
“A natureza é um templo onde colunas vivas
Deixam por vezes sair confusas palavras;
O Homem passa por lá através de florestas de símbolos
Que o observam com olhares familiares.”
Charles Baudelaire
I - Tradição
Nas tradições antigas, o Jardim representava a natureza e era considerado sagrado desde os tempos pré-históricos, onde servia de meio entre o homem e a divindade e recreava o paraíso.
Para muitos povos, culturas e religiões o jardim tem sido um símbolo cósmico. Uma imagem do processo de congregação de energias latentes necessárias ao aperfeiçoamento da vida espiritual. Pode-se dizer que, embora naturais, foram locais onde os Grandes Iniciados atingiram a sua Iluminação e muitos Jardins espalhados pelo mundo retractam bem esse Percurso.
O jardim está intimamente ligado à evolução da vida pela harmonia que produz, pela unidade na diversidade, pela beleza que resplandece e pela ordem no caos. Um espaço que representa a Natureza é como uma espécie de bálsamo para o bem-estar da mente.
Ao Homem, ele forneceu os primeiros materiais de construção, influenciou a arquitectura que permitiu a edificação das mais belas Catedrais, com fustes de pedra, arcos unidos como ramos, vitrais que filtram a luz, etc.
O seu simbolismo é profundo e aparece muitas vezes associado ao da árvore cósmica que se ergue no centro do universo, cujas raízes se encontram envoltas pelas trevas, o tronco a elevar-se através da Terra e os ramos a penetrarem o domínio Celeste. Uma espécie de Árvore Sephirotal que representa o Universo ou uma flor de lótus, que se alimenta do lodo para se transformar numa flor maravilhosa e dirigir todo o seu esplendor ao Astro Rei. Analogamente, o homem retira das experiências vividas o elixir que lhe permite crescer em Sabedoria, Força e Beleza, capaz de desbravar as suas imperfeições e se transmutar num ser espiritualmente evoluído, num verdadeiro Mestre Iluminado, que labora ao progresso da Humanidade e segundo o Plano do Grande Arquitecto do Universo. Um modelo vivo do desabrochar ordenado e evolutivo da Matéria para o Espírito. A Vida como um Athanor Alquímico.
Os Rituais de Iniciação das Escolas Iniciáticas, portadoras dos Grandes Mistérios, focam e induzem o neófito nesse trajecto humano. Por isso, vemos muitos jardins ocidentais, com a simbólica característica dos três estágios, das três viagens, a subterrânea, a terrestre e a Celeste, o “mergulho” nos elementos da natureza e a invocação de Forças e Potências correspondentes.
II - As Pedras
A incorporação das pedras num jardim Iniciático é muito importante. Encontramos exemplos que vão desde os Druidas ao Zen, passando pelas Escolas Iniciáticas.
Para o Budismo que vê as pedras possuírem vida espiritual, tal como as plantas e os animais, elas convertem-se num dos elementos mais importantes do jardim Zen.
Dado que o simbolismo é algo incorpóreo, existe a intenção de o expressar através das artes. Por exemplo, no Zen, o monge desenha e constrói o jardim com a introdução e disposição de pedras, um meio pessoal de expressão espiritual através da simplicidade, cuja finalidade é alcançar a essência das coisas, um incentivo ao estudo, à compreensão e à meditação sobre si mesmo e sobre o universo.
Os desenhos de ondas, que o monge vai aperfeiçoando sobre a areia branca são como uma espécie de capacidade de controlo sobre a energia induzida por si próprio e simbolizam os ciclos da natureza em tudo o que existe no Cosmos. A vida cíclica que se prolonga e regenera permanentemente, sugerindo a imortalidade, a fecundidade e a felicidade.
Os Cristais utilizados na electrónica, na joalharia e na cura energética são bons exemplos que explicam a importância e o poder que os minerais têm na nossa vida quotidiana.
Tal como um Mestre escultor que vê a obra-prima dentro de uma pedra bruta, um Maçon que especula sobre o seu simbolismo, também o Ocultista “vê” a Essência que a Anima e a função que a pedra desempenha no Universo.
Pedra bruta
Deram-te um malho e um cinzel
E a pedra para trabalhares
Tão imperfeita, pesada, feia que era,
Levarás uma eternidade para a desbravares
Ao terceiro golpe soltou-se uma saliência.
Seria o orgulho? Talvez!
Quem sabe se não era a intolerância!
Ás vezes a força era desmedida,
A direcção incorrecta,
Reapareciam novas imperfeições
E o desespero batia-te à porta.
No entanto o Mestre observava.
Pouco a pouco ensinou-te
A manuseares as alfaias
E o resultado encorajou-te.
Conseguiste aplanar uma face,
Ainda te faltam mais cinco perpendiculares.
Deves conter as paixões,
Para poderes um dia lá morar.
Jorge Moreira.
III - Os Espíritos da Natureza
Existe uma Sabedoria Antiga que fala de padrões diferentes de vibração da matéria, Dimensões ou Planos existenciais, impossíveis de detectar por qualquer meio físico, devido à sua subtileza. Talvez seja os 90% da matéria escura que controla os 10% da matéria perceptível de que os Astrofísicos falam. Alguma dessa matéria é tão subtil, que os sentimentos, as emoções ou os pensamentos bastam para afectá-la. É por isso que dizem que os sentimentos ou os pensamentos são Forças vivas.
Os Rituais, os mantras e as orações têm como finalidade laborar nesses Planos.
Existem histórias que podemos encontrar em qualquer parte do mundo, fenómenos de percepção extra-sensorial, que algumas pessoas tenham experimentado e que falam da existência de seres, de um “povo miúdo”, de anjos, de Devas, de espíritos da Natureza etc.
“Estamos sós no Universo?” É uma questão que o realizador francês Jean Michel Roux, inicialmente muito céptico nestas questões, tentou desvendar. As palavras que se encontram na introdução ao seu filme de culto “Enquête sur le Monde Invisible”, explicam a origem das investigações que realizou, sobre os Reinos Invisíveis da Islândia: “Em 1990 fui à Islândia procurar locais para um projecto de um filme de ficção científica. Descobri naquela altura que a maioria da população acreditava na existência de elfos, algumas pessoas diziam que encontraram «trolls» gigantes de 20 metros de altura que escalavam montanhas e vales. Estavam essas pessoas doidas? Ou mantinham um relacionamento com as forças da natureza que nós, no continente Europeu perdemos? A sinceridade dessas pessoas perturbou-me…”
Mais à frente, o realizador coloca uma questão muito obsessiva para ele: “Esses seres vivos estão à minha volta e eu não os consigo ver?”
No fim termina com a seguinte citação “O mundo invisível é invisível porque só usamos os nossos olhos”.
A “Doutrina Secreta” de H. P. Blavatsky fala-nos de uma evolução paralela e combinada dos Devas em relação à Humanidade. As entidades mais primitivas, como os minerais, os vegetais e os animais, são os seres da Natureza, como os Devas, e entidades menores por Eles dirigidos, que indicam o caminho a seguir no crescimento e desenvolvimento dessas entidades primitivas, em formas mais belas, sensíveis e perfeitas. A Humanidade como entidade já individualizada, madura e no franco desenvolvimento das suas capacidades interiores, passa também ela a dirigir as actividades da Natureza. A jardinagem, a agricultura e a genética são alguns exemplos de uma estreita ligação do Homem com os Agentes da Natureza. Claro que a Ética é a Luz que ilumina o Homem e indica o caminho a seguir, segundo o Plano Maior, quando se trata da manipulação da Natureza pelo Homem, através da genética.
E. L. Gardner na introdução ao livro “O Reino dos Devas e dos Espíritos da Natureza” de Geoffrey Hodson diz-nos o seguinte: “O Ocultista não vê matéria morta em parte alguma. Toda a rocha palpita com vida, toda a pedra preciosa possui a sua respectiva consciência, por minúscula que seja. A relva e as árvores pulsam ao contacto de pequeninos agentes, cujos corpos magnetizados actuam como a matriz a partir da qual se tornam possíveis os milagres do crescimento e da coloração.”
No Reino dos Devas existe uma enorme variedade de formas, que são divididas pela tradição em quatro grupos, conforme o elemento em que actuam. Os espíritos da terra, onde gnomos, duendes, fadas, elfos, etc. são alguns exemplos; os da água como as ondinas; os do ar, os silfos e por fim os espíritos do fogo, as salamandras.
Muitos estudantes da Filosofia Oculta invocam regularmente esses seres em seu auxílio nas curas e cerimónias num Templo Maçónico ou de alguma Religião. Invocam também, através de preces e meditações, força, bênção e paz que irradiam sobre o mundo.
Qualquer pessoa mais sensível que trate de plantas, num jardim ou numa horta, apercebe-se de influências magnéticas invisíveis, de seres e energias que actuam no crescimento e na beleza do espaço e na “Aura” que o conjunto irradia.
Enquanto a Humanidade tem como centro de consciência as faculdades mentais como a razão, os espíritos da Natureza têm o seu centro na Intuição. É por isso que alguns seres da Natureza, mesmo com uma consciência muito primitiva e limitada, comparada a um animal, têm uma obediência espontânea aos demais membros do seu próprio Reino, que ocupam uma posição mais elevada na Hierarquia Cósmica e, por conseguinte, uma maior consciência do Plano do Logos. Assim, também as Escolas Iniciáticas conhecem e representam esta mesma Hierarquia, praticando um Cerimonial à Gloria do Grande Arquitecto, com a participação e colaboração fraterna e amistosa dos anjos, que são evocados pelas palavras, sinais, passos, sons, luzes e símbolos do Ritual. Este é o verdadeiro poder do Cerimonial, a utilização dos Devas e elementais dos respectivos elementos, na Construção e Consagração do Templo espiritual e na Iniciação numa Escola dos Mistérios.
Muitos Jardins Iniciáticos têm normalmente um percurso simbólico que vai desde a descida ao inferno, figurado pela caverna, pelo poço ou pelo túnel, etc. até ao céu, representado por uma torre ou um miradouro. É o tomar de consciência da nossa natureza inferior, a fimde dominá-la, “contendo as paixões”, “deixando os metais à porta do Templo” ou “talhar as imperfeições da Pedra Bruta”, para tornarmo-nos mais perfeitos, a fim de cada vez mais podermos ser um Instrumento de Construção da Grande Catedral Cósmica. Mas também é o mergulhar noutros Planos Invisíveis da Natureza, e aprender a trabalhar, de uma forma segura, com os outros seres que existem nesses Planos. Por isso o domínio das emoções, “o conter as paixões”, é, sem dúvida, o primeiro passo a dar para todo aquele que inicia o percurso Maior.
IV - Esculturas Vivas
O Jardim deve ter sempre uma atenção permanente, que vai desde a preparação do solo, a escolha de boas sementes, a eliminação das ervas daninhas, o regar constante das “novidades”, etc. Exactamente da mesma forma, os homens que tencionam progredir nos mais variados campos do conhecimento, que vão desde a ciência à arte, mas especialmente aqueles que querem transmutar esse conhecimento adquirido em Sabedoria, Iniciando assim a sua Caminhada Iniciática e Espiritual, devem cuidar constantemente do seu Jardim Interior, separando o “trigo do Joio”, utilizando o discernimento, o desapego, a ética e o amor, de forma a que esse jardim possa vir a florir com todo o seu esplendor e beleza.
Os Jardins Iniciáticos são locais telúricos naturais ou espaços espirituais projectados pelo homem, com uma estética sofisticada de evocação e celebração da Natureza, onde se verificam uma interacção de seres e energias existentes em estados diferenciados da matéria, sob a égide dos elementos e onde todos os seres deverão ter uma função de entreajuda a desempenhar no plano evolutivo. Uma verdadeira Fraternidade entre Anjos e Homens. Uma Irmandade que alia os diversos Reinos da Natureza, para formarem um Templo vivo, capaz de influenciar todos os seres que o constituem, os neófitos, que sobre rituais próprios de evocação venham a iniciar a sua Caminhada espiritual e ser uma verdadeira Luz de bem-estar que irradia muito para além dos seus limites físicos.
Os Jardins Iniciáticos devem induzir uma percepção do cosmos mais profunda e sentida. São como verdadeiras Estátuas Vivas, extensíveis a Planos mais elevados da Existência, onde a Natureza do Jardineiro Mestre se funde com a Natureza Cósmica, para esculpir a Beleza da forma e da cor, a Força do simbolismo e a Sabedoria Perene.
Tenho dito.'.
24 de Junho de 2006
Jorge Moreira.'.
BIBLIOGRAFIA
Blavatsky, Helena Petrovna, “Doutrina Secreta”, Pensamento.
Blavatsky, Helena Petrovna, “Glossário Teosófico”, Ground.
Hodson, Geoffrey, “ O Reino dos Devas e dos Espíritos da Natureza”, Pensamento.
Hodson, Geoffrey, “O Reino das Fadas”, The Theosophical Publishing House (Londres).
Fischesser, Bernard,“Conhecer as Árvores”, Europa-América.
Nosé, Michiko Rico e Freeman, Michael: “El Jardín Japonés Moderno”, Ediciones Gamma.
Leadbeater, C. W., “A Vida Oculta na Maçonaria”, Pensamento.
Reeves, Hubert, “Malicorne – Reflexões de um observador da Natureza”, Gradiva.
Powell, Arthur E. “O Sistema Solar”, Pensamento.
Burnier, Radha, “Regeneração Humana”, Editora Teosófica.
Roux, Jean Michel, “Enquête sur le Monde Invisible”, Filme versão em DVD.
quarta-feira, abril 26, 2006
Desculpem a ausência aqui e nos vossos Blogs
VOLTO BREVEMENTE!
Beijinhos e Abraços a todos,
Jorge Moreira.
Beijinhos e Abraços a todos,
Jorge Moreira.
segunda-feira, abril 24, 2006
sexta-feira, abril 21, 2006
quarta-feira, abril 19, 2006
terça-feira, abril 18, 2006
Fome
DESAFIO PARA AJUDAR
As Crianças... seremos nós amanhã!
Jorge Moreira
O desafio: Divulgar para Ajudar ...
Fui desafiado pela Pink do Blog Firebud e pela Aran_aran do Blog Moon Night... o que desde já agradeço.
O desafio, se o aceitarem, consiste em divulgar uma associação humanitária da vossa escolha, Nacional ou Internacional, com post, um link, um símbolo, um gesto solidário ... Eu convido-vos a clicar em: "The Hunger Site"
Depois desafiem outros cinco à criatividade e à inspiração. pois divulgar também é uma forma de ajudar ...
Não vou desafiar ninguém em especial, mas a todos aqueles que quiserem unirem-se a esta Luta, através dos seus Blogs.
As Crianças... seremos nós amanhã!
Jorge Moreira
O desafio: Divulgar para Ajudar ...
Fui desafiado pela Pink do Blog Firebud e pela Aran_aran do Blog Moon Night... o que desde já agradeço.
O desafio, se o aceitarem, consiste em divulgar uma associação humanitária da vossa escolha, Nacional ou Internacional, com post, um link, um símbolo, um gesto solidário ... Eu convido-vos a clicar em: "The Hunger Site"
Depois desafiem outros cinco à criatividade e à inspiração. pois divulgar também é uma forma de ajudar ...
Não vou desafiar ninguém em especial, mas a todos aqueles que quiserem unirem-se a esta Luta, através dos seus Blogs.
segunda-feira, abril 10, 2006
quinta-feira, abril 06, 2006
Que Frutos Saem em Aves Libertas!
Que Frutos
Saem
Em Aves Libertas...
Pensamento-Poema inspirado nos poemas maravilhosos da Amiga Maria do Céu Costa do Blog "A Direcção do Voo"
Saem
Em Aves Libertas...
Pensamento-Poema inspirado nos poemas maravilhosos da Amiga Maria do Céu Costa do Blog "A Direcção do Voo"
segunda-feira, abril 03, 2006
quinta-feira, março 30, 2006
Reino da Pedra
Portal baixo
Arco venda
Entrada
Da Pedra.
Humilde
É chave
Essência de Amor
O Iniciado do Infinito
O Sábio
Que vê
A Rosa
Dentro do Reino.
Jorge Moreira - Março 2006
Poema editado no Blog: Aprendiz de Viajante da Amiga Wicca
Arco venda
Entrada
Da Pedra.
Humilde
É chave
Essência de Amor
O Iniciado do Infinito
O Sábio
Que vê
A Rosa
Dentro do Reino.
Jorge Moreira - Março 2006
Poema editado no Blog: Aprendiz de Viajante da Amiga Wicca
terça-feira, março 28, 2006
Lagoa de Fogo - Açores
Foto - Jorge Moreira.
Dedico este post aos meus Amigos Açorianos, especialmente a:
Wicca
Desambientado
Fátima
Lubélia Travassos.
sexta-feira, março 24, 2006
Explicação do Sol
A Rosa do Amor Universal
És a Estrela cintilante
De Beleza encantada
Qual Força da Unidade
A Sabedoria do Cubo projectada.
És um Templo de pétalas
De dimensão cruzada
Qual mel d`Athanor
A magnífica Pedra forjada.
És a imensidão de Luz
De Esperânça, vela e sal
Qual Faúlha divina
A Rosa do Amor Universal.
Jorge Moreira
Poema republicado que pode encontrar no Blog Explicação de Sol, um novo espaço dedicado aos Mistérios Rosa-Cruz.
Vale a pena visitar e mergulhar na Beleza do simbolismo, das imagens e dos textos.
Mais um excelente site da Maat de Arde o Azul.
És a Estrela cintilante
De Beleza encantada
Qual Força da Unidade
A Sabedoria do Cubo projectada.
És um Templo de pétalas
De dimensão cruzada
Qual mel d`Athanor
A magnífica Pedra forjada.
És a imensidão de Luz
De Esperânça, vela e sal
Qual Faúlha divina
A Rosa do Amor Universal.
Jorge Moreira
Poema republicado que pode encontrar no Blog Explicação de Sol, um novo espaço dedicado aos Mistérios Rosa-Cruz.
Vale a pena visitar e mergulhar na Beleza do simbolismo, das imagens e dos textos.
Mais um excelente site da Maat de Arde o Azul.
terça-feira, março 21, 2006
domingo, março 19, 2006
Flores que Dão Frutos do Meu Quintal
Flores
Que dão
Frutos
Do meu
Quintal
Jorge Moreira
Foto - Jorge Moreira
E um Belo complemento da Amiga Berenice do Blog Tranquilidade Sideral
...
Que pintam o ar
Com aguarelas
E perfumam as minhas janelas
Com vivas cores
E tons de irreal
Qu`inebriam
A minh`alma
De poeta
De fotógrafo
De pintor
Que entoam hinos
À Primavera
Sonhando com o Verão
Desabrochando
Amores...
Uma feliz Primavera!
quinta-feira, março 16, 2006
Reflexos (XV) Poema Conjunto
as flores são letras
escondidas
no
coração
que desabrocham
perfumam-nos o olhar
prendas da terra
do sol
da água
do céu
da Vida
pequenos poemas a céu aberto
Poema Conjunto de Maat, Jorge Moreira, Desambientado, Sa.Ra e Sombra do deserto.
Ideia original de Maat In Arde o Azul
escondidas
no
coração
que desabrocham
perfumam-nos o olhar
prendas da terra
do sol
da água
do céu
da Vida
pequenos poemas a céu aberto
Poema Conjunto de Maat, Jorge Moreira, Desambientado, Sa.Ra e Sombra do deserto.
Ideia original de Maat In Arde o Azul
segunda-feira, março 13, 2006
sexta-feira, março 10, 2006
A Espiritualidade
Ultimamente tem-se verificado uma grande discussão em torno da palavra Espiritualidade, com laivos de grande intolerância, por parte dos não crentes e das Religiões.
Não devemos confundir o conceito de Espiritualidade, com algum dogma religioso. Espiritual é algo profundo, que cada um de nós, de uma forma ou de outra, é capaz de compreender intuitivamente, como sendo a fonte do Amor, da Bondade, da Beleza e da Sabedoria.
Mas perante estes factos, como pode o homem laborar em algo que está para além da razão e do palpável?
Para isso, ele terá de utilizar outras ferramentas de acção, que também elas, não podem pertencer ao mundo das formas. Alfaias de níveis cada vez mais elevados e profundos, como o raciocínio e a Intuição, alicerçados na Ética e na Simbólica, tornam possível, sentir, viver e almejar a Ordem superior, para além das limitadas representações mentais comuns e permitir avançar, cada vez mais, na Senda da Perfeição. Para isso devemos progressivamente, trabalhar para alcançar estados, percepções e conhecimentos traduzidos em Sabedoria, que devem ser retiradas das experiências quotidianas, do simbolismo e das fabulosas e altamente inspiradoras histórias míticas e místicas, e começar a trabalhar as Emoções, primeiro e indispensável passo para a caminhada Iniciática.
Portanto, já aqui, ao direccionarmos a atenção sobre as emoções, já estamos a trabalhar num plano extra-físico, não palpável, mas que sabemos e sentimos, como algo que na realidade existe e é extremamente importante para a vivência humana.
Um projecto por mais complexo que seja foi inicialmente trabalhado pela mente humana antes da sua concretização material. Aqui temos a noção exacta, de que, trabalhamos inicialmente noutras Esferas, neste caso no Plano Mental e só depois passamos ao concreto, ao palpável, ao físico.
Certamente que a nossa evolução, exigirá posteriormente, a atenção para Planos cada vez mais subtis do que o Mental. A Intuição e a Meditação abrem caminhos nessa perspectiva.
Os excessos provocados pelas Religiões ou pelo fanatismo de fundamentalistas religiosos, não invalidam a existência de Estados Diferenciados da Realidade, como admite actualmente a ciência, e cairmos no outro extremo radical, o materialismo puro, desconexo da Realidade e dos propósitos da Vida.
O trabalho do Homem deve ter dois níveis, interligados. Um de cariz Espiritual, introspectivo, de auto-observação constante e de busca contínua pela perfeição; o outro, um Serviço de acção e transformação directa no mundo concreto. Para isso, toda a acção deve ser guiada por princípios éticos. O objectivo deste Trabalho dual (Acção guiada) traduz-se num crescimento pessoal e consequentemente, numa mais valia, para a evolução da própria Humanidade, libertando-a mais rapidamente das amarras do sofrimento, da ignorância e da inércia.
Paz as todos os Seres
Jorge Moreira 2006
Não devemos confundir o conceito de Espiritualidade, com algum dogma religioso. Espiritual é algo profundo, que cada um de nós, de uma forma ou de outra, é capaz de compreender intuitivamente, como sendo a fonte do Amor, da Bondade, da Beleza e da Sabedoria.
Mas perante estes factos, como pode o homem laborar em algo que está para além da razão e do palpável?
Para isso, ele terá de utilizar outras ferramentas de acção, que também elas, não podem pertencer ao mundo das formas. Alfaias de níveis cada vez mais elevados e profundos, como o raciocínio e a Intuição, alicerçados na Ética e na Simbólica, tornam possível, sentir, viver e almejar a Ordem superior, para além das limitadas representações mentais comuns e permitir avançar, cada vez mais, na Senda da Perfeição. Para isso devemos progressivamente, trabalhar para alcançar estados, percepções e conhecimentos traduzidos em Sabedoria, que devem ser retiradas das experiências quotidianas, do simbolismo e das fabulosas e altamente inspiradoras histórias míticas e místicas, e começar a trabalhar as Emoções, primeiro e indispensável passo para a caminhada Iniciática.
Portanto, já aqui, ao direccionarmos a atenção sobre as emoções, já estamos a trabalhar num plano extra-físico, não palpável, mas que sabemos e sentimos, como algo que na realidade existe e é extremamente importante para a vivência humana.
Um projecto por mais complexo que seja foi inicialmente trabalhado pela mente humana antes da sua concretização material. Aqui temos a noção exacta, de que, trabalhamos inicialmente noutras Esferas, neste caso no Plano Mental e só depois passamos ao concreto, ao palpável, ao físico.
Certamente que a nossa evolução, exigirá posteriormente, a atenção para Planos cada vez mais subtis do que o Mental. A Intuição e a Meditação abrem caminhos nessa perspectiva.
Os excessos provocados pelas Religiões ou pelo fanatismo de fundamentalistas religiosos, não invalidam a existência de Estados Diferenciados da Realidade, como admite actualmente a ciência, e cairmos no outro extremo radical, o materialismo puro, desconexo da Realidade e dos propósitos da Vida.
O trabalho do Homem deve ter dois níveis, interligados. Um de cariz Espiritual, introspectivo, de auto-observação constante e de busca contínua pela perfeição; o outro, um Serviço de acção e transformação directa no mundo concreto. Para isso, toda a acção deve ser guiada por princípios éticos. O objectivo deste Trabalho dual (Acção guiada) traduz-se num crescimento pessoal e consequentemente, numa mais valia, para a evolução da própria Humanidade, libertando-a mais rapidamente das amarras do sofrimento, da ignorância e da inércia.
Paz as todos os Seres
Jorge Moreira 2006
quarta-feira, março 08, 2006
segunda-feira, março 06, 2006
As Pedras no Caminho
As Pedras no Caminho são como guias, que nos acordam quando estamos a ficar sonolentos pelo percurso.
Jorge Moreira – Março 2006
Jorge Moreira – Março 2006
sexta-feira, março 03, 2006
quarta-feira, março 01, 2006
De Camões a Pessoa - a Viagem Iniciática
"De Camões a Pessoa, A Viagem Iniciática" é um livro conjunto de duas senhoras de grande sensibilidade Mística e Esotérica, que se inspiraram em dois dos maiores mestres da literatura portuguesa. A admirável artista plástica Ellys ilustra a Obra com um conjunto de trinta e uma belíssimas telas e a Maria Azenha consubstancia esta magnífica Obra, com belos e profundos poemas simbólicos, estruturados em duas partes: Rotas e Mitos e A Mensagem Espiritual de Fernando Pessoa.
Esta Obra é de aquisição obrigatória.
Editora Sete Caminhos
Contactos: 218 394 434 - Fax. 218 394 436
e-mail: setecaminhos@iol.pt
Deixo-vos com uma das Pérolas do livro:
Tethys Saudando o Povo Lusitano
"Tethys saudou-te do trono de um império.
Depôs em teu seio o Livro Ocluso
Relembrado em Flor de Lis,
Qual Rosa alada,
Bússola de Ísis,
Esculpida em Portugal.
Entre deuses e homens
Ficou a Esmeralda gravada.
Ó Portugal,
O Ourives és Tu!"
Imagem de Ellys
Poema de Maria Azenha
In “De Camões a Pessoa – a Viagem Iniciática".
Esta Obra é de aquisição obrigatória.
Editora Sete Caminhos
Contactos: 218 394 434 - Fax. 218 394 436
e-mail: setecaminhos@iol.pt
Deixo-vos com uma das Pérolas do livro:
Tethys Saudando o Povo Lusitano
"Tethys saudou-te do trono de um império.
Depôs em teu seio o Livro Ocluso
Relembrado em Flor de Lis,
Qual Rosa alada,
Bússola de Ísis,
Esculpida em Portugal.
Entre deuses e homens
Ficou a Esmeralda gravada.
Ó Portugal,
O Ourives és Tu!"
Imagem de Ellys
Poema de Maria Azenha
In “De Camões a Pessoa – a Viagem Iniciática".
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Fraternidade
Fraternidade
É amizade
É partilha e colaboração
É irmandade
É liberdade
É o valor da solidariedade
É abrir o coração.
Fraternidade
É alegria
É vida e saudação
É simpatia
É harmonia
É dar um sorriso
É estender a mão.
Fraternidade
É amor
É serviço e criação
É crescer
É ser
É oferecer sem espinho
É a força da união.
Fraternidade
É paz
É altruísmo e elevação
É tolerância
É infância
É emprestar uma lágrima
É ser Budha da compaixão.
Fraternidade
É meditação
É branco e atenção
É carinho
É caminho
É ter tempo para o infinito
É a concórdia da acção.
Fraternidade
É sabedoria
É Hiran Abbif e Salomão
É semente
É somente
É Ordem no Caos
É a luz da evolução.
Fraternidade
É beleza
É família e dedicação
É pelicano
É ramo
É cooperar com o divino
É a natureza da germinação.
Fraternidade
É força
É água e fusão
É Fénix
É lis
É a egrégora da romã
É o templo do Cristão.
Jorge Moreira – Fevereiro 2006.
É amizade
É partilha e colaboração
É irmandade
É liberdade
É o valor da solidariedade
É abrir o coração.
Fraternidade
É alegria
É vida e saudação
É simpatia
É harmonia
É dar um sorriso
É estender a mão.
Fraternidade
É amor
É serviço e criação
É crescer
É ser
É oferecer sem espinho
É a força da união.
Fraternidade
É paz
É altruísmo e elevação
É tolerância
É infância
É emprestar uma lágrima
É ser Budha da compaixão.
Fraternidade
É meditação
É branco e atenção
É carinho
É caminho
É ter tempo para o infinito
É a concórdia da acção.
Fraternidade
É sabedoria
É Hiran Abbif e Salomão
É semente
É somente
É Ordem no Caos
É a luz da evolução.
Fraternidade
É beleza
É família e dedicação
É pelicano
É ramo
É cooperar com o divino
É a natureza da germinação.
Fraternidade
É força
É água e fusão
É Fénix
É lis
É a egrégora da romã
É o templo do Cristão.
Jorge Moreira – Fevereiro 2006.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Paz e Harmonia Planetária - Ashes and Snow
domingo, fevereiro 19, 2006
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Cinco Manias versus Sete Virtudes
Olá,
Fui desafiado pela Isabel para indicar cinco manias. O desafio vem atrasado, mas não foi esquecido.
Então aqui vai:
1. Adoro música. São um autêntico melómano, ouço na cama, no carro, no trabalho, no lazer e mesmo quando não ouço.
2. Adoro cinema. Sempre que posso, melhor sempre que arranjo um tempinho, em casa ou fora, procuro ver um bom filme. Sou fascinado por ficção científica, cinema fantástico, espiritual e cinema não americano, especialmente europeu ou novo cinema asiático.
3. Adoro livros. Perco-me nas livrarias, olho, desfolho, cheiro os livros, sei lá… só a carteira é que impede…
4. Ver constantemente a caixa de correio física e virtual. Ler os comentários dos meus blogs.
5. Andar sempre que posso, com a máquina fotográfica e procuro a Beleza em cada esquina, em cada pétala, em cada paisagem.
5. Adoro a Natureza. Fico maravilhado com os rios, as serras, o mar, as plantas, a melodia dos pássaros, etc.. Adoro tocar nas árvores e nas rochas.
4. Como estou “metido” em muita coisa ao mesmo tempo… boas claro, nada de confusões, tenho o tempo muito ocupado e muitas vezes acabo por fazer as coisas em cima da hora, cheio de stress.
3. Não consigo passar bem o dia, sem um tempo, mesmo pequeno, dedicado à Meditação, se possível, acompanhado de incenso e uma vela acesa.
2. Sou muito frontal e muitas vezes acabo por me enervar ou altear a voz, na defesa pessoal, de princípios ou de pessoas injustamente atacadas. É difícil viver neste “mundo cão”.
1. Adoro os Amigos. Não consigo estar zangado com ninguém. Mesmo aqueles que me fazem mal ou me provocam sofrimento, não consigo ignorá-los ou sentir qualquer tipo de sentimento baixo. Fico magoado, mas fico tão bem comigo próprio, quando volto a conversar, a trabalhar novamente com essa pessoa.
Como a maior parte dos blogs que eu conheço já respondeu a este desfio, início aqui um outro desafio, ou melhor, um convite a todos os que me visitam e queiram entrar nele, afim de meditarmos e praticarmos em conjunto, e desta forma, podermos construir um mundo melhor.
O desafio é o seguinte: Quais são as sete Virtudes mais importantes?
Para mim são as seguintes:
1. Amor incondicional
2. Compaixão para com todos os seres
3. Fraternidade
4. Humildade
5. Rectidão
6. Simpatia
7. Harmonia.
Grande Abraço a todos.
Passo a Palavra.
Fui desafiado pela Isabel para indicar cinco manias. O desafio vem atrasado, mas não foi esquecido.
Então aqui vai:
1. Adoro música. São um autêntico melómano, ouço na cama, no carro, no trabalho, no lazer e mesmo quando não ouço.
2. Adoro cinema. Sempre que posso, melhor sempre que arranjo um tempinho, em casa ou fora, procuro ver um bom filme. Sou fascinado por ficção científica, cinema fantástico, espiritual e cinema não americano, especialmente europeu ou novo cinema asiático.
3. Adoro livros. Perco-me nas livrarias, olho, desfolho, cheiro os livros, sei lá… só a carteira é que impede…
4. Ver constantemente a caixa de correio física e virtual. Ler os comentários dos meus blogs.
5. Andar sempre que posso, com a máquina fotográfica e procuro a Beleza em cada esquina, em cada pétala, em cada paisagem.
5. Adoro a Natureza. Fico maravilhado com os rios, as serras, o mar, as plantas, a melodia dos pássaros, etc.. Adoro tocar nas árvores e nas rochas.
4. Como estou “metido” em muita coisa ao mesmo tempo… boas claro, nada de confusões, tenho o tempo muito ocupado e muitas vezes acabo por fazer as coisas em cima da hora, cheio de stress.
3. Não consigo passar bem o dia, sem um tempo, mesmo pequeno, dedicado à Meditação, se possível, acompanhado de incenso e uma vela acesa.
2. Sou muito frontal e muitas vezes acabo por me enervar ou altear a voz, na defesa pessoal, de princípios ou de pessoas injustamente atacadas. É difícil viver neste “mundo cão”.
1. Adoro os Amigos. Não consigo estar zangado com ninguém. Mesmo aqueles que me fazem mal ou me provocam sofrimento, não consigo ignorá-los ou sentir qualquer tipo de sentimento baixo. Fico magoado, mas fico tão bem comigo próprio, quando volto a conversar, a trabalhar novamente com essa pessoa.
Como a maior parte dos blogs que eu conheço já respondeu a este desfio, início aqui um outro desafio, ou melhor, um convite a todos os que me visitam e queiram entrar nele, afim de meditarmos e praticarmos em conjunto, e desta forma, podermos construir um mundo melhor.
O desafio é o seguinte: Quais são as sete Virtudes mais importantes?
Para mim são as seguintes:
1. Amor incondicional
2. Compaixão para com todos os seres
3. Fraternidade
4. Humildade
5. Rectidão
6. Simpatia
7. Harmonia.
Grande Abraço a todos.
Passo a Palavra.
domingo, fevereiro 12, 2006
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Uma Pessoa Excepcional
Faz hoje anos uma pessoa excepcional.
Uma Alma Luminosa que brilha e ilumina
Quem tem o prazer de se cruzar com ela.
Não vou dizer a sua idade,
Pois não fica bem dizer a idade de uma senhora,
Neste caso, também de uma Menina.
Sempre Maria alegre, ora a cantar,
Ora num trabalho profundo em prol da Humanidade.
Sempre disposta a ajudar um necessitado,
E preocupada com um amigo.
Sempre excelente profissional,
E poliglota.
Sempre Alma poética que transborda de Sabedoria...
Sempre... alguém Nobre de quem se gosta de estar.
Isabelinha… Parabéns!
Um Grande Xi-Coração e um muito Obrigado por seres minha Amiga.
Jorge Moreira.
Esta foto faz parte das memórias da minha infância, quando a minha tia e eu iamos visitar à casa do Campo de Santana a família Nobre Santos.
A tia ficava a conversar com os pais da Isabel sobre o relativo e o absoluto e nunca se conformava com qualquer certeza.
A Isabel e eu corriamos como loucas crianças pelos longos e infindáveis corredores da casa. Por vezes a violência da brincadeira era tão grande que a isabelinha jorrava sangue pelo nariz e eu rios de suor da cabeça aos pés. E então tinhamos de parar de correr, embora não conseguissemos parar de rir e de chorar ao mesmo tempo.
Mais tarde, na adolescência, a vontade de correr transformou-se numa vontade de escrever,de cantar e de representar. Fizemos um pouco disso tudo em conjunto.
Depois da adolescência perdemos a convivência regular que tinhamos tido até então, mas continuámos (sem saber um do outro) a transformar a vontade de correr em ideias, palavras e imagens. Começámos a contemplar a natureza, a vida e a opinar sobre tudo o que viamos.
E agora, que retomámos a convivência regular, observo que a tremenda energia que enchia a casa do Campo de Santana e que transbordava para as nossas almas e mesmo para fora de casa, continua a expandir-se e a transformar-se numa criação artística, filosófica, humanitária e social cada vez mais universal.
É assim que te vejo isabelinha: uma grande e desmesurada energia a transbordar do teu ser e a querer transformar agora o pão em rosas.
Beijinhos,
João Firmino
Pode-se encontrar pérolas da sua autoria, nos seguintes blogs:
Poesia Viva
Newsletter From Lisbon
Circulo de Poesia
Ramo Lótus Branco
Ramo Koot - Hoomi
Foto – Isabelinha menina com os pais, retirada daqui
Uma Alma Luminosa que brilha e ilumina
Quem tem o prazer de se cruzar com ela.
Não vou dizer a sua idade,
Pois não fica bem dizer a idade de uma senhora,
Neste caso, também de uma Menina.
Sempre Maria alegre, ora a cantar,
Ora num trabalho profundo em prol da Humanidade.
Sempre disposta a ajudar um necessitado,
E preocupada com um amigo.
Sempre excelente profissional,
E poliglota.
Sempre Alma poética que transborda de Sabedoria...
Sempre... alguém Nobre de quem se gosta de estar.
Isabelinha… Parabéns!
Um Grande Xi-Coração e um muito Obrigado por seres minha Amiga.
Jorge Moreira.
Esta foto faz parte das memórias da minha infância, quando a minha tia e eu iamos visitar à casa do Campo de Santana a família Nobre Santos.
A tia ficava a conversar com os pais da Isabel sobre o relativo e o absoluto e nunca se conformava com qualquer certeza.
A Isabel e eu corriamos como loucas crianças pelos longos e infindáveis corredores da casa. Por vezes a violência da brincadeira era tão grande que a isabelinha jorrava sangue pelo nariz e eu rios de suor da cabeça aos pés. E então tinhamos de parar de correr, embora não conseguissemos parar de rir e de chorar ao mesmo tempo.
Mais tarde, na adolescência, a vontade de correr transformou-se numa vontade de escrever,de cantar e de representar. Fizemos um pouco disso tudo em conjunto.
Depois da adolescência perdemos a convivência regular que tinhamos tido até então, mas continuámos (sem saber um do outro) a transformar a vontade de correr em ideias, palavras e imagens. Começámos a contemplar a natureza, a vida e a opinar sobre tudo o que viamos.
E agora, que retomámos a convivência regular, observo que a tremenda energia que enchia a casa do Campo de Santana e que transbordava para as nossas almas e mesmo para fora de casa, continua a expandir-se e a transformar-se numa criação artística, filosófica, humanitária e social cada vez mais universal.
É assim que te vejo isabelinha: uma grande e desmesurada energia a transbordar do teu ser e a querer transformar agora o pão em rosas.
Beijinhos,
João Firmino
Pode-se encontrar pérolas da sua autoria, nos seguintes blogs:
Poesia Viva
Newsletter From Lisbon
Circulo de Poesia
Ramo Lótus Branco
Ramo Koot - Hoomi
Foto – Isabelinha menina com os pais, retirada daqui
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Dois Cavalos
Conheço bem
Dois teimosos cavalos
Sempre unidos
Sempre a puxarem
Em direcções opostas.
Quanta energia
Desprendem
Constantemente
Sem sentido…
Que distraem-me
Do essencial.
Sempre os vi assim
Um após outro
Num frenesim
Intenso
Sem pausas
Sem nadas
Mesmo quando
O mundo
Está calmo.
Já combati
Mil homens
Mas ainda
Não consegui
Acalmar os cavalos.
Jorge Moreira – Fevereiro 2006
Dois teimosos cavalos
Sempre unidos
Sempre a puxarem
Em direcções opostas.
Quanta energia
Desprendem
Constantemente
Sem sentido…
Que distraem-me
Do essencial.
Sempre os vi assim
Um após outro
Num frenesim
Intenso
Sem pausas
Sem nadas
Mesmo quando
O mundo
Está calmo.
Já combati
Mil homens
Mas ainda
Não consegui
Acalmar os cavalos.
Jorge Moreira – Fevereiro 2006
sábado, fevereiro 04, 2006
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Campanha Defesa das Baleias
Clique no título e participe na campanha
Por esta campanha este blog estará alguns dias sem posts novos!!
Pode continuar a visitar-me em:Hyperborea
Cliqueaqui e saiba mais da campanha.
Por esta campanha este blog estará alguns dias sem posts novos!!
Pode continuar a visitar-me em:Hyperborea
Cliqueaqui e saiba mais da campanha.
The Unity of Life - What is Life?
Clique no título e veja em português
“The world? No more
than moonlight drops
fallen from the beak of the swan”.
Dogen
First analysis
This question does not allow a simple answer for the very reason that Life cannot be measured by a one only criteria. Nevertheless the word “life” is usually used to define a number of properties and natural processes, common to every living being, such as : being built out of cells, having highly organized and complex structures, having the ability of developing a huge series of tasks, receiving and transforming energy from the environment, getting rid of residual products, performing a large variety of chemical reactions, possessing entropic and homeostatic qualities towards different environmental variables, reacting to stimuli, being born, growing and developing themselves, adapting, and dying.
Though this formulation may seem rather complex, nonetheless it only refers to a very narrow and superficial concept of Life, on the physical level, ignoring the existence of other inner forces, existing in other states of Reality.
Second analysis
Occult science tells us that Consciousness and Matter are the two opposite poles of the One Reality, Purusha and Prakriti, he subjective and objective truths of the Universe. Life and Manifestation as we know them today are but the interception point of these two poles.
As long as Atma is connected to a physical vehicle, one may say that the latter is alive. But when Atma sheds its material body, contact is broken, the intersection cesses to exist and the physical body becomes merely a piece of matter, made of atoms and molecules that follows the laws of lifeless mater, therefore tending to disintegration.
This procedure also takes place regarding all other temporal vehicles, such as the astral and mental, because as soon as Jivatma ceases to act upon them, they too either disintegrate or die.
Third analysis
In the higher spiritual worlds where Individuality lingers, where vehicles have an atomic structure, Life as we know it, does not exist. There isn’t an organized vehicle as the one we are familiar with. One cannot say that the result of the interaction between consciousness and matter does indeed affect the vehicles, because as we know, the higher vehicles are not subjected to the wheel of rebirth. Therefore the characteristics that we usually attribute to Life are confined to the three plans where the perishable personality works and the bodies are subjected to the cycles of birth, development, aging and death.
Fourth analysis
In Blavatsky´s “The Secret Doctrine” one can read: “Everything is life and each atom, even from mineral dust, is a Life, although beyond the scope of our perception and understanding. Life can be found everywhere in the Universe and so too in the atom.”
The Occult Doctrine states that each and every Force originates in the Vital Principle, Life being one of the aspects of the One Universal Life. Therefore, Life is the materialised expression, on the temporal vehicles, of the Absolute Itself.
Bhagavad Gita goes on telling us that “God is one with all that is, though names and forms may vary…”. God, as Atma, lives in every man. Curiously, in Indian culture, there is a very special kind of salutation, with one’s hands in prayer position, placed next to one’s heart, followed by the word “Namaste”. This salutation means “The Divine which dwells in me salutes the Divine which dwells in you”.
Conclusion
Nowadays the concept of life has been evolving. Stephen Hawking defines it as: “an organized system which can resist disorder”, therefore going beyond the concept of Life as something merely organic. In the present times, one already hears about life in minerals, the Gaia hypothesis considering Earth as a living organism, the mysteries of the sun that creates and protects life, the Antropic Principle, the possibility of higher dimensions, the dark matter that evolves and leads the universe…
Nevertheless one has to go back to the Eternal Wisdom to further understand the manifestation of the Universe and Life. It tells us there is but one Ultimate Reality and that all and every aspect of the Universe, consciousness, matter, energy or life, ultimately emanates from that Reality. Another point to consider is that we won’t be able to have a correct vision of things unless we know not only that each part belongs to the whole but also where and how each part fits. And in this sense we may recall the statement at the Temple of Delphi “Man know thyself and thou shall know the universe and the gods”.
We may, as it were, compare the human being to a set of Organized Living Vehicles, under the influence of a Monad, she itself an inseparable particle expressing the life of the Absolute.
The Unity of Life may be found in every dimension, in the characteristics of an atom, in the properties of a molecule, in the task of a cell, in the function of an organ, in the organization of a vehicle, in the evolution of a Monad, in the fertility of a family, in the perfectioning of a species, in the role of an ecosystem, in the wonderful interaction of all the realms of nature, in the activity of a galaxy, in the purpose of the Universe, in the sacred word Aum and in the love of the Absolute.
The idea of the Unity of life, expanding from a common origin, can already be seen in many religions such as the Buddhism, the Hinduism and the Taoism; in the esoteric schools of Christianism, Judaism and Islam; in the schools of Mysteries; in Theosophy; in the New Age movements; in Einstein’s and quantics physics. It may show under many names: God, Allah, Brahma, Tao, the Absolute, the Big Bang, the Logos…
The perception of this Ultimate Reality can only be achieved if we manage to go beyond the illusions of the lower Personality, source of separativity and attachment.
One must search for a mystical and transcendental experience of union, for a complete oblivion of oneself, for a full fusion with the Divine, for a deep sense of service, for Compassion for all living beings, for a sense of fully lived ethics.
“ When you rise in the oriental horizon
And you fill the land with your beauty
Far as you may be, thy rays lie on us.”
Akenáton
Hymn to the Sumn ( circa 1370b.C.)
Jorge Moreira
(May 2005)
Bibliography:
“O Bico da Garça” de Dogen (1200-1253), retirado do livro:“Vigília em Impermanência - Poemas Zen do Japão”, de Lucien Stryk e Takashi Ikemoto,
“ Glimpses into the Psychology of Yoga” de I. K. Taimni,
“Bhagavad – Gîtâ”,
“A Unidade da Vida” de Luiz Cláudio Dias,
“A Vida no Universo” de Stephen W. Hawking,
“Biliões & Biliões” de Carl Sagan,
“A Doutrina Secreta” de H. P. Blavatsky,
“Glossário Teosófico” de H. P. Blavatsky,
“Gaia – O Maravilhoso Planeta Vivo” de Jorge Moreira.
“The world? No more
than moonlight drops
fallen from the beak of the swan”.
Dogen
First analysis
This question does not allow a simple answer for the very reason that Life cannot be measured by a one only criteria. Nevertheless the word “life” is usually used to define a number of properties and natural processes, common to every living being, such as : being built out of cells, having highly organized and complex structures, having the ability of developing a huge series of tasks, receiving and transforming energy from the environment, getting rid of residual products, performing a large variety of chemical reactions, possessing entropic and homeostatic qualities towards different environmental variables, reacting to stimuli, being born, growing and developing themselves, adapting, and dying.
Though this formulation may seem rather complex, nonetheless it only refers to a very narrow and superficial concept of Life, on the physical level, ignoring the existence of other inner forces, existing in other states of Reality.
Second analysis
Occult science tells us that Consciousness and Matter are the two opposite poles of the One Reality, Purusha and Prakriti, he subjective and objective truths of the Universe. Life and Manifestation as we know them today are but the interception point of these two poles.
As long as Atma is connected to a physical vehicle, one may say that the latter is alive. But when Atma sheds its material body, contact is broken, the intersection cesses to exist and the physical body becomes merely a piece of matter, made of atoms and molecules that follows the laws of lifeless mater, therefore tending to disintegration.
This procedure also takes place regarding all other temporal vehicles, such as the astral and mental, because as soon as Jivatma ceases to act upon them, they too either disintegrate or die.
Third analysis
In the higher spiritual worlds where Individuality lingers, where vehicles have an atomic structure, Life as we know it, does not exist. There isn’t an organized vehicle as the one we are familiar with. One cannot say that the result of the interaction between consciousness and matter does indeed affect the vehicles, because as we know, the higher vehicles are not subjected to the wheel of rebirth. Therefore the characteristics that we usually attribute to Life are confined to the three plans where the perishable personality works and the bodies are subjected to the cycles of birth, development, aging and death.
Fourth analysis
In Blavatsky´s “The Secret Doctrine” one can read: “Everything is life and each atom, even from mineral dust, is a Life, although beyond the scope of our perception and understanding. Life can be found everywhere in the Universe and so too in the atom.”
The Occult Doctrine states that each and every Force originates in the Vital Principle, Life being one of the aspects of the One Universal Life. Therefore, Life is the materialised expression, on the temporal vehicles, of the Absolute Itself.
Bhagavad Gita goes on telling us that “God is one with all that is, though names and forms may vary…”. God, as Atma, lives in every man. Curiously, in Indian culture, there is a very special kind of salutation, with one’s hands in prayer position, placed next to one’s heart, followed by the word “Namaste”. This salutation means “The Divine which dwells in me salutes the Divine which dwells in you”.
Conclusion
Nowadays the concept of life has been evolving. Stephen Hawking defines it as: “an organized system which can resist disorder”, therefore going beyond the concept of Life as something merely organic. In the present times, one already hears about life in minerals, the Gaia hypothesis considering Earth as a living organism, the mysteries of the sun that creates and protects life, the Antropic Principle, the possibility of higher dimensions, the dark matter that evolves and leads the universe…
Nevertheless one has to go back to the Eternal Wisdom to further understand the manifestation of the Universe and Life. It tells us there is but one Ultimate Reality and that all and every aspect of the Universe, consciousness, matter, energy or life, ultimately emanates from that Reality. Another point to consider is that we won’t be able to have a correct vision of things unless we know not only that each part belongs to the whole but also where and how each part fits. And in this sense we may recall the statement at the Temple of Delphi “Man know thyself and thou shall know the universe and the gods”.
We may, as it were, compare the human being to a set of Organized Living Vehicles, under the influence of a Monad, she itself an inseparable particle expressing the life of the Absolute.
The Unity of Life may be found in every dimension, in the characteristics of an atom, in the properties of a molecule, in the task of a cell, in the function of an organ, in the organization of a vehicle, in the evolution of a Monad, in the fertility of a family, in the perfectioning of a species, in the role of an ecosystem, in the wonderful interaction of all the realms of nature, in the activity of a galaxy, in the purpose of the Universe, in the sacred word Aum and in the love of the Absolute.
The idea of the Unity of life, expanding from a common origin, can already be seen in many religions such as the Buddhism, the Hinduism and the Taoism; in the esoteric schools of Christianism, Judaism and Islam; in the schools of Mysteries; in Theosophy; in the New Age movements; in Einstein’s and quantics physics. It may show under many names: God, Allah, Brahma, Tao, the Absolute, the Big Bang, the Logos…
The perception of this Ultimate Reality can only be achieved if we manage to go beyond the illusions of the lower Personality, source of separativity and attachment.
One must search for a mystical and transcendental experience of union, for a complete oblivion of oneself, for a full fusion with the Divine, for a deep sense of service, for Compassion for all living beings, for a sense of fully lived ethics.
“ When you rise in the oriental horizon
And you fill the land with your beauty
Far as you may be, thy rays lie on us.”
Akenáton
Hymn to the Sumn ( circa 1370b.C.)
Jorge Moreira
(May 2005)
Bibliography:
“O Bico da Garça” de Dogen (1200-1253), retirado do livro:“Vigília em Impermanência - Poemas Zen do Japão”, de Lucien Stryk e Takashi Ikemoto,
“ Glimpses into the Psychology of Yoga” de I. K. Taimni,
“Bhagavad – Gîtâ”,
“A Unidade da Vida” de Luiz Cláudio Dias,
“A Vida no Universo” de Stephen W. Hawking,
“Biliões & Biliões” de Carl Sagan,
“A Doutrina Secreta” de H. P. Blavatsky,
“Glossário Teosófico” de H. P. Blavatsky,
“Gaia – O Maravilhoso Planeta Vivo” de Jorge Moreira.
sábado, janeiro 28, 2006
Hyperborea
Imagem - Jorge Moreira
Já está online o Blog Hyperborea o meu novo espaço dedicado inteiramente à fotografia e imagem, que conta com trabalhos realizados por mim, acompanhados de esculturas sonoras de compositores contemporâneos. É um local de partilha alternativo, que foge um pouco à sensibilidade desta casa mãe.
É uma outra maneira de ver a Beleza da Natureza e do trabalho realizado pelo Homem.
Aguardo a vossa visita e os respectivos comentários. Clique no título e dê uma espreitadela
Aqui, Este espaço continuará a trilhar o mesmo rumo. A única novidade apontada para breve, será a introdução de pensamentos.
Continuarei a colocar fotos sem comentários, pois gosto que as fotografias falem por si.
Um Grande Abraço Fraternal a todos,
Jorge Moreira.
quinta-feira, janeiro 26, 2006
terça-feira, janeiro 24, 2006
Folhas
Que beleza
Emana
Das folhas
Vestirem-se
De dourado, chama, terra
Mergulharem
No mar, no vento
Qual bailado sinfónico
Que homenageia a Vida
E adormecerem
Suavemente
Na coberta
Que protege
A delicada Criança.
Jorge Moreira – Janeiro 2005
Este poema foi editado no Blog Circulo de Poesia
Emana
Das folhas
Vestirem-se
De dourado, chama, terra
Mergulharem
No mar, no vento
Qual bailado sinfónico
Que homenageia a Vida
E adormecerem
Suavemente
Na coberta
Que protege
A delicada Criança.
Jorge Moreira – Janeiro 2005
Este poema foi editado no Blog Circulo de Poesia
domingo, janeiro 22, 2006
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Livraria Lello - A Mais Bela Livraria do Mundo
Na passada sexta feira – 13 de Janeiro de 2006 – a Livraria Lello, considerada pelos jornalistas estrangeiros, como a mais bela livraria do mundo, completou 100 anos de existência. O edifício em estilo neogótico, foi mandado construir propositadamente para a finalidade de livraria. Possui uma magnífica fachada exterior e o interior, com uma decoração impressiva e repleto de livros, deixa qualquer visitante deslumbrado. A escadaria, muito “sui generis” parece que terá sido a primeira obra em betão armado no país. Esculturas e vitrais são outros “ex-libris” a ver. Pode ainda tomar café ou apreciar um bom porto.
À dias fui mostrar esta magnífica pérola do Porto aos meus filhos e o mais novo, dizia maravilhado: “Hei pai… parece a biblioteca do Harry Potter!”.
É certamente um lugar “mágico” a visitar, a ver e cheirar os livros (quem não gosta de cheirar os livros… eu gosto) junto à Igreja dos Clérigos, no Porto.
Mais informações clique aqui ou ainda aqui
Foto – Jorge Moreira
quarta-feira, janeiro 18, 2006
segunda-feira, janeiro 16, 2006
A Natureza
Natureza
Corre
Vibra
Imensa luz
Imenso amor
O silêncio ecoa
Na paisagem
E grita de esplendor
Natureza
Encanta
O som das cores
O dom dos Deuses
Única
Simples e nua…
A Natureza.
Jorge Moreira - Dezembro 2005
Este poema foi editado nos seguintes blogs: Plagiadíssimo e Agonia ou Êxtase
Corre
Vibra
Imensa luz
Imenso amor
O silêncio ecoa
Na paisagem
E grita de esplendor
Natureza
Encanta
O som das cores
O dom dos Deuses
Única
Simples e nua…
A Natureza.
Jorge Moreira - Dezembro 2005
Este poema foi editado nos seguintes blogs: Plagiadíssimo e Agonia ou Êxtase
sexta-feira, janeiro 13, 2006
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Enquête Sur le Monde Invisible
“Enquête sur le Monde Invisible” (“Investigation into the Invisible World”) é um filme documentário de investigação dos Reinos Invisíveis da Islândia. Estamos sós no Universo? É uma questão que o realizador francês Jean Michel Roux, inicialmente muito céptico nestas questões, tentou desvendar. As suas palavras sobre a origem da investigação elucidam-nos: “Em 1990 fui à Islândia procurar locais para um projecto de um filme de ficção científica. Descobri naquela altura que a maioria da população acreditava na existência de elfos, algumas pessoas diziam que encontraram «trolls» gigantes de 20 metros de altura que escalavam montanhas e vales. Estavam estas pessoas doidas? Ou mantinham um relacionamento com as forças da natureza que nós perdemos no continente Europeu? A sua sinceridade perturbou-me…”
Mais à frente, o realizador coloca uma questão muito obsessiva para ele: “Esses seres vivos estão à minha volta e eu não os consigo ver?”
No fim termina com a seguinte citação “O mundo invisível é invisível porque só usamos os nossos olhos”
O Filme publicado em DVD é falado na língua original, o islandês, com a opção de dobragem em francês e tem legendas em inglês e francês.
Os extras são bem recheados e vale mesmo a pena vê-los como complemento do filme: O documentário de 26 minutos, sobre os elfos, produzido para a TV; A preparação do filme; Fotografias muito especiais e o “Trailer”.
Por fim aconselho vivamente este fantástico filme, de uma beleza ímpar, acompanhado por uma banda sonora maravilhosa, destacada, pelos Biosphere e Hector Zazou.
Clique aqui ou nos títulos e visite o seu magnífico site oficial. Lá, tente decobrir as portas...
Jorge Moreira
terça-feira, janeiro 10, 2006
domingo, janeiro 08, 2006
Pedra Bruta
Deram-te um malho e um cinzel
E a pedra para trabalhares
Tão imperfeita, pesada, feia que era
Levarás uma eternidade para a desbravares
Ao terceiro golpe soltou-se uma saliência
Seria o orgulho? Talvez!
Quem sabe se não era a intolerância
Ás vezes a força era desmedida
A direcção incorrecta
Reapareciam novas imperfeições
O desespero batia-te à porta
No entanto o Mestre observava
Pouco a pouco ensinou-te
Manuseares as alfaias
E o resultado encorajou-te
Conseguiste aplanar uma face
Ainda te faltam mais cinco perpendiculares
Deves conter as paixões
Para um dia lá morares.
Jorge Moreira - Dezembro 2005, Janeiro 2006
E a pedra para trabalhares
Tão imperfeita, pesada, feia que era
Levarás uma eternidade para a desbravares
Ao terceiro golpe soltou-se uma saliência
Seria o orgulho? Talvez!
Quem sabe se não era a intolerância
Ás vezes a força era desmedida
A direcção incorrecta
Reapareciam novas imperfeições
O desespero batia-te à porta
No entanto o Mestre observava
Pouco a pouco ensinou-te
Manuseares as alfaias
E o resultado encorajou-te
Conseguiste aplanar uma face
Ainda te faltam mais cinco perpendiculares
Deves conter as paixões
Para um dia lá morares.
Jorge Moreira - Dezembro 2005, Janeiro 2006
sábado, janeiro 07, 2006
Sonho e Liberdade - Exposição fotográfica de Maria Manuel
Ontem fui à inauguração da exposição fotográfica “Sonho e Liberdade” da Maria Manuel Seiça Neves, na biblioteca municipal de Vale de Cambra.
Tenho de confessar que fiquei maravilhado com a beleza exposta, traduzida nas palavras da autora:
“ Olhar o mundo e ver aquilo que passa despercebido aos outros, procurar a beleza em tudo aquilo que me rodeia, torna-me, sem dúvida, uma pessoa melhor e mais feliz.
Amo os animais, as plantas, o mar, o sol e a lua.
A amizade é primordial para mim, nada é comparável a um bom amigo.
Vivo em Aveiro, cidade de uma beleza ímpar, banhada pelo rio, espelho de água, onde se reflectem as gaivotas no seu voo de fim de tarde.
Sou romântica e faz parte da minha natureza, procurar a poesia naquilo que me rodeia”.
"Sonho e Liberdade" é um hino à natureza marinha. Lembram-se do filme “A História de Fernão Capelo Gaivota”? Então se lá forem terão uma agradável surpresa.
A Exposição estará patente até ao dia 28 deste mês.
Foto de uma foto da Maria Manuel que se encontra na exposição.
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Os Três Reis
É altura de festejar os Reis. Nada de especial tinha programado para colocar aqui alusivo à efeméride, até que, como se nada fosse, ou como se tudo tivesse a ver… um texto simbólico e belo da Risoleta Pedro, veio subitamente até mim. E não foi possível resistir sem o ler de imediato … Deixo-vos com ele. Espero que gostem!
Jorge Moreira
OS TRÊS REIS
Recuemos até ao ano um, aquele ano em que nasceu uma estrela, talvez a mais importante do céu e da terra.
Foi um facto inédito, porque essa estrela quis nascer na terra. Foi, aliás, a única estrela em toda a história da humanidade e das próprias estrelas, que nasceu na terra.
E essa estrela quis nascer de duas mães. Como estrela especial tinha direito aos seus caprichos. Ou desejos.
A estrela nasceu, então, de dois ventres: o ventre da mãe e o ventre da gruta. Nasceu numa gruta, a estrela. Para que isso acontecesse teve que transportar para dentro da gruta a outra gruta mãe.
A gruta móvel, foi humildemente transportada por um burro para dentro da gruta arca. Assim foi uma gruta ao encontro de outra gruta para o nascimento de uma estrela. Essa estrela filha de duas mães teve, por isso, dois nomes: o nome que a mãe Ihe deu foi Jesus, o nome dado pela gruta maior foi Cristo.
Assim nasceu a estrela Jesus Cristo. Esta estrela com dois nomes e duas mães tinha que ter dois corpos: um corpo de carne, ou de terra, o que é o mesmo, tal como nós, e um corpo de luz, como nós também, com a diferença que a nossa luz a tão fraca que mal se vê ou não se vê mesmo. No entanto esta lá.
Foi esse corpo de luz, muito leve, que na noite do nascimento da estrela subiu ao céu e contemplou as duas mães que na terra o protegiam: Um ventre e uma rocha, a mãe mulher e a mãe gruta.
No mesmo momento, no oriente, três reis contemplavam o brilho da nova estrela, tão imenso era.
Muito intrigados ficaram. E apaixonados, claro. Quem resiste ao brilho de um jovem sol?!
Estes reis tinham estudado magia, logo, eram seres especiais. Contemplaram as cartas e consultaram os oráculos e os mistérios e perceberam que estavam perante um momento muito especial da humanidade e que não poderiam perder aquela estrela, ainda que para isso tivessem de caminhar de oriente para ocidente. Fizeram-no montados em camelos.
Quando nasce uma criança é costume oferecer-se-lhe presentes. O mesmo sucede quando nasce uma estrela. Afinal, uma estrela que acaba de nascer também é um bébé, ainda que o seu corpo seja poeira luminosa e cintilante.
Os três reis transportaram cuidadosamente sobre os colos, balançados pelos camelos, a mirra, o incenso, o ouro: o céu da terra, o perfume do ar, o petróleo do tempo. E viajaram. Estavam no oriente. Dirigiram-se para ocidente, o oriente deles, porque dai brilhava a estrela. Nunca Ihes passou pela cabeça rivalizarem uns com os outros ou lutarem por ela. Simplesmente uniram esforços e meteram-se ao caminho, os três companheiros, ao encontro do amor de uma estrela.
Tinham nomes de heróis ou de poetas, os três reis apaixonados: Baltazar, Gaspar, Melchior. Um rei apaixonado é um herói ou um poeta que abandona o reino e se põe a andar ao encontro de uma estrela. Troca o poder pelo amor, o ouro pela alma, a morte pela vida. Um rei apaixonado não pede à estrela para esperar, não faz desvios nem negoceia a viagem. Adia o conselho de ministros, desconvoca o conselho de guerra, anula todas as audiências marcadas. Sobe para o camelo e mete-se a caminho. A estrela espera-o no final da viagem. E apenas isso interessa. Os reis puseram-se a caminho e não olharam para trás. Sabiam que se o fizessem se transformariam em estátuas de sal ou em montanhas. Sabiam o perigo em que colocariam a estrela que os esperava. Não arriscaram. Amavam aquela estrela sol ainda tão frágil, necessitando tanto deles. Não se arrependeram.
Tiveram a confirmação quando se ajoelharam no solo aos pés do sol ainda tão pequeno mas tão intenso e sentiram o calor dele entrando nos seus corações.
Foi nítido o que aconteceu nesse momento dentro dos corpos. Algo estalou (ouviu-se) e todo o mal derreteu e toda a luz percorreu a uma velocidade vertiginosa os canais do corpo limpando e transformando em felicidade cada órgão, cada víscera, cada osso, cada célula.
Desde então todos os anos os reis repetem a maravilhosa viagem do oriente que e o ocidente deles até ao ocidente que é o seu oriente, adiam o conselho de ministros, desconvocam o conselho de guerra, anulam todas as audiências marcadas. Já não vêm ao encontro de uma estrela porque o sol, desde esse ano um, está definitivamente com eles. Vêm ao nosso encontro e trazem-nos renovadamente a estrela. Sabem que precisamos dela. Juntamente com a estrela trazem o céu da terra, o perfume e o mistério. o ouro, o incenso e a mirra.
Risoleta Pedro (texto extraído da Revista Buddhi nº8 de Dezembro de 2003, aqui publicado com a devida autorização da autora).
Jorge Moreira
OS TRÊS REIS
Recuemos até ao ano um, aquele ano em que nasceu uma estrela, talvez a mais importante do céu e da terra.
Foi um facto inédito, porque essa estrela quis nascer na terra. Foi, aliás, a única estrela em toda a história da humanidade e das próprias estrelas, que nasceu na terra.
E essa estrela quis nascer de duas mães. Como estrela especial tinha direito aos seus caprichos. Ou desejos.
A estrela nasceu, então, de dois ventres: o ventre da mãe e o ventre da gruta. Nasceu numa gruta, a estrela. Para que isso acontecesse teve que transportar para dentro da gruta a outra gruta mãe.
A gruta móvel, foi humildemente transportada por um burro para dentro da gruta arca. Assim foi uma gruta ao encontro de outra gruta para o nascimento de uma estrela. Essa estrela filha de duas mães teve, por isso, dois nomes: o nome que a mãe Ihe deu foi Jesus, o nome dado pela gruta maior foi Cristo.
Assim nasceu a estrela Jesus Cristo. Esta estrela com dois nomes e duas mães tinha que ter dois corpos: um corpo de carne, ou de terra, o que é o mesmo, tal como nós, e um corpo de luz, como nós também, com a diferença que a nossa luz a tão fraca que mal se vê ou não se vê mesmo. No entanto esta lá.
Foi esse corpo de luz, muito leve, que na noite do nascimento da estrela subiu ao céu e contemplou as duas mães que na terra o protegiam: Um ventre e uma rocha, a mãe mulher e a mãe gruta.
No mesmo momento, no oriente, três reis contemplavam o brilho da nova estrela, tão imenso era.
Muito intrigados ficaram. E apaixonados, claro. Quem resiste ao brilho de um jovem sol?!
Estes reis tinham estudado magia, logo, eram seres especiais. Contemplaram as cartas e consultaram os oráculos e os mistérios e perceberam que estavam perante um momento muito especial da humanidade e que não poderiam perder aquela estrela, ainda que para isso tivessem de caminhar de oriente para ocidente. Fizeram-no montados em camelos.
Quando nasce uma criança é costume oferecer-se-lhe presentes. O mesmo sucede quando nasce uma estrela. Afinal, uma estrela que acaba de nascer também é um bébé, ainda que o seu corpo seja poeira luminosa e cintilante.
Os três reis transportaram cuidadosamente sobre os colos, balançados pelos camelos, a mirra, o incenso, o ouro: o céu da terra, o perfume do ar, o petróleo do tempo. E viajaram. Estavam no oriente. Dirigiram-se para ocidente, o oriente deles, porque dai brilhava a estrela. Nunca Ihes passou pela cabeça rivalizarem uns com os outros ou lutarem por ela. Simplesmente uniram esforços e meteram-se ao caminho, os três companheiros, ao encontro do amor de uma estrela.
Tinham nomes de heróis ou de poetas, os três reis apaixonados: Baltazar, Gaspar, Melchior. Um rei apaixonado é um herói ou um poeta que abandona o reino e se põe a andar ao encontro de uma estrela. Troca o poder pelo amor, o ouro pela alma, a morte pela vida. Um rei apaixonado não pede à estrela para esperar, não faz desvios nem negoceia a viagem. Adia o conselho de ministros, desconvoca o conselho de guerra, anula todas as audiências marcadas. Sobe para o camelo e mete-se a caminho. A estrela espera-o no final da viagem. E apenas isso interessa. Os reis puseram-se a caminho e não olharam para trás. Sabiam que se o fizessem se transformariam em estátuas de sal ou em montanhas. Sabiam o perigo em que colocariam a estrela que os esperava. Não arriscaram. Amavam aquela estrela sol ainda tão frágil, necessitando tanto deles. Não se arrependeram.
Tiveram a confirmação quando se ajoelharam no solo aos pés do sol ainda tão pequeno mas tão intenso e sentiram o calor dele entrando nos seus corações.
Foi nítido o que aconteceu nesse momento dentro dos corpos. Algo estalou (ouviu-se) e todo o mal derreteu e toda a luz percorreu a uma velocidade vertiginosa os canais do corpo limpando e transformando em felicidade cada órgão, cada víscera, cada osso, cada célula.
Desde então todos os anos os reis repetem a maravilhosa viagem do oriente que e o ocidente deles até ao ocidente que é o seu oriente, adiam o conselho de ministros, desconvocam o conselho de guerra, anulam todas as audiências marcadas. Já não vêm ao encontro de uma estrela porque o sol, desde esse ano um, está definitivamente com eles. Vêm ao nosso encontro e trazem-nos renovadamente a estrela. Sabem que precisamos dela. Juntamente com a estrela trazem o céu da terra, o perfume e o mistério. o ouro, o incenso e a mirra.
Risoleta Pedro (texto extraído da Revista Buddhi nº8 de Dezembro de 2003, aqui publicado com a devida autorização da autora).
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Tangerine Dream - Jeanne D´Arc
Olá,
Hoje trago uma recomendação.
O último álbum (CD) de estúdio realizado pelos Tangerine Dream é simplesmente fantástico. “Jeanne D´Arc” é o seu título e é uma excelente homenagem à histórica personagem Joana D`Arc, realizada, pelos não menos históricos pioneiros da música electrónica. Não confundir música verdadeiramente Electrónica com raves, techno ou dance music. Essas são outras coisas.
“Jeanne D´Arc” é repleto de texturas sonoras novas, ambientais e cósmicas, misturadas com instrumentos acústicos, como a flauta e o saxofone da Linda Spa, e ainda, com vozes celestiais num fundo doce e “religioso”. Todos os títulos são em francês, num também simbólico tributo, deste grupo alemão, formado em 1967 por Edgar Froese.
É difícil eleger uma faixa. São todas muito boas e belas, no melhor que os Tangerine Dream nos brindam, provavelmente, desde os Virgin Years (décadas 70 e 80). No entanto as faixas “La Joie”, “La Sagesse du Destin” e “La Libération” são hinos de “glória” que só encontro em Vangelis.
Clique nos títulos e visite os respectivos sites.
Jorge Moreira.
terça-feira, janeiro 03, 2006
Voar
domingo, janeiro 01, 2006
O Amor
O Amor é como um rio
Corre por vales profundos
Nasce da pureza de um fio
Transborda para outros mundos.
O Amor é como um raio de sol
Voa em desafio
Beija a face do rouxinol
Reflecte-se num pavio.
O Amor é como um suspiro
Galopa sem autorização
Flor sensual do Cairo
Puro acto de meditação.
Jorge Moreira – Natal 2005
Corre por vales profundos
Nasce da pureza de um fio
Transborda para outros mundos.
O Amor é como um raio de sol
Voa em desafio
Beija a face do rouxinol
Reflecte-se num pavio.
O Amor é como um suspiro
Galopa sem autorização
Flor sensual do Cairo
Puro acto de meditação.
Jorge Moreira – Natal 2005
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